Terça-feira de Carnaval, e o cansaço já faz parte da folia. A parte boa é que tem bloco para que não tem vergonha de se assumir “tiozão no rolê”. É o que propõe o grupo Tiozões do Pagode, que se apresenta na rua Guajajaras, n° 1.775, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“É para quem não quer cansar mais. Terça-feira é dia de curtir de boa, sentado, na sombra”, comentou a cantora Andrini Pacheco, de 33 anos, uma das idealizadoras do bloco que surgiu em 2015. 

“Nosso intuito é levar todos, crianças, adultos, idosos trazer a família para curtir com a gente. Essa é a ideia do bloco. Aquele sol na moleira de sexta, sábado, domingo e segunda que ninguém aguenta mais”, lembrou. 

O bloco surgiu em 2015, a partir de uma reunião de amigos. “Estávamos cansados de tantos dias de folia e resolvemos ficar na terça-feira tranquilos, reunidos. Trouxemos instrumentos, churrasqueira e família. No início foi uma coisa mais entre amigos, mas tomou uma proporção maior”, comentou. 

O folião Júlio Alves, de 23 anos, diz que ser “tiozão no rolê” é gostar de ficar “sentado”. “Eles brincam que é energia de velho, por isso tiozão. Mas é assim que somos”, brinca dizendo que conhecer de pagode também é requisito. 

A foliona Juliana Batista, de 32 anos, que é psicóloga, saiu de Brasília só para curtir o Tiozão do Pagode, bloco que ela conheceu no Carnaval de 2020 e se apaixonou. “Sou pagodeira raiz. Em 2020, estava chovendo e mesmo assim o bloco foi incrível. Senti uma energia enorme”, disse. 

Quem também acompanha o bloco é o folião Lucas Rubens, 28 anos, que é gerente comercial. “Pagode é sempre bem-vindo no Carnaval para a gente curtir. E bloco parado é melhor. Quatro dias de folia, já estou cansado. Amanhã tem que trabalhar. É sossego, tranquilidade e cervejinha”, comentou.