O terceiro dia do feriado de Carnaval está quase no fim, mas, até agora, muita gente certamente beijou uma ou muitas bocas pelas ruas de Belo Horizonte. Época propícia para a "troca" de afeto (e saliva), a folia também aumenta os riscos de se contrair doenças ao beijar desconhecidos.
O cirurgião dentista Paulo Zahr, presidente do Grupo OdontoCompany, destacou cinco problemas comuns associados a esse hábito durante as festividades.
“É importante ficar alerta e evitar trocar beijos quando há lesões visíveis ou sintomas de doenças transmissíveis. Além disso, a comunicação aberta e a conscientização sobre a saúde pessoal de cada um também podem ajudar a prevenir a transmissão de doenças”, alerta o dentista.
Zahr também enfatiza que práticas simples de higiene bucal, como a escovação regular dos dentes e o uso de fio dental, podem reduzir significativamente o risco de transmissão dessas doenças.
Causada pelo vírus Epstein-Barr, a "doença do beijo" pode se manifestar de forma silenciosa, apresentando sintomas como febre, dor de garganta, fadiga e aumento dos gânglios linfáticos.
Transmitida principalmente por contato direto, o beijo é uma das formas de propagação do fungo responsável pela candidíase oral. O compartilhamento de utensílios e objetos também representa um risco, podendo afetar não apenas a saúde bucal, mas também outras regiões do corpo, incluindo órgãos do sistema respiratório e a pele.
O vírus HSV-1, causador do herpes labial, pode ser transmitido através do contato direto com lesões ativas ou feridas nos lábios, manifestando-se por meio de pequenas bolhas ao redor da região.
Bactérias como Streptococcus mutans, contribuintes para o desenvolvimento de cáries, podem ser transmitidas durante a troca de saliva, representando mais um risco ao beijar desconhecidos.
Vírus da gripe ou resfriado, responsáveis por infecções respiratórias, podem ser transmitidos por meio das gotículas de saliva presentes em um simples beijo.