O Carnaval é um período de muita festa em todo o país, mas os foliões não podem se descuidar em relação à segurança dos bens pessoais no meio da multidão que vai prestigiar os desfiles dos blocos. E um dos itens mais visados pelos ladrões é o telefone celular. Caso eles consigam desbloquear a tela do aparelho roubado, terão acesso aos dados e aplicativos da vítima.
E muitas vezes os criminosos conseguem também entrar na conta bancária da pessoa para roubar valores ou invadem o whatsapp dela e pedem transferências em dinheiro para familiares. Por isso, quem tem o telefone celular roubado deve se apressar para bloquear o aparelho.
Mas o que a pessoa deve fazer primeiro? A Polícia Civil de Minas Gerais listou qual sequência de ações a vítima de um roubo de celular deve seguir:
Canais para bloqueio do celular
A Polícia Civil reforça que a vítima de roubo deve agir rapidamente para aumentar suas chances de recuperação ou proteção de seus dados pessoais.
Outra dica é ficar atento às ligações alegando ter recuperado o telefone. A polícia não liga para as vítimas pedindo para confirmar senha, sendo esta uma prática de golpistas para ter acesso ao dispositivo.
Dicas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) para as vítimas de roubos de celulares
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) também listou algumas ações que as pessoas que tiverem o celular roubado podem fazer para evitar prejuízos maiores.
1 - Rastrear e apagar os dados do celular roubado de forma remota
Pelo sistema operacional do smartphone é possível rastrear, bloquear e apagar de forma remota os dados do celular a partir de um navegador de internet.
É recomendado que essa seja a primeira providência a ser tomada, pois uma vez que o bloqueio da linha junto a operadora é realizado, perde-se o acesso remoto aos dados do aparelho.
Para aparelhos com Android, é possível fazer isso pelo Encontre Meu Dispositivo do Google. Em aparelhos IOS, esse procedimento pode ser feito pelo iCloud.
Também é importante ativar previamente a busca por localização do dispositivo para acionar remotamente o bloqueio do celular.
2 - Bloquear o celular roubado através do IMEI
O bloqueio é feito perante a operadora da vítima de roubo e através do número de identificação do aparelho, o IMEI. Ele pode ser encontrado de algumas formas:
Para isso, é necessário ligar de um outro aparelho, seguindo as instruções indicadas e fornecendo os dados necessários. A recomendação é que a pessoa tenha o número do IMEI guardado e acessível para o caso de ter o celular roubado.
Outra possibilidade para bloquear o aparelho é a comunicação em delegacia da Polícia Civil, pois quase todos os Estados estão habilitados com o sistema para bloqueio.
Preventivamente, é essencial colocar uma senha no aparelho celular e ativar a opção da tela para bloqueio no menor tempo possível (geralmente, 30 segundos).
3 - Comunicar o ocorrido ao banco
É fundamental que a vítima do roubo entre em contato rapidamente com seu banco e com outros serviços financeiros de aplicativos que ela possui instalados no celular, como de carteiras digitais, e informe o ocorrido, solicitando o imediato bloqueio dos cartões, contas e operações. Anote os protocolos de atendimento.
A pessoa também pode utilizar a ferramenta Registrato, do Banco Central, para verificar se há algum empréstimo desconhecido em seu nome.
Preventivamente, é recomendável que o indivíduo coloque um limite para suas transações do PIX. Além disso, caso tenha a função de pagamento por aproximação no celular e a pessoa não estiver utilizando, é melhor desativá-la.
4 - Registrar um boletim de ocorrência
É essencial fazer um boletim de ocorrência para que você tenha um comprovante do ocorrido e o possa se utilizar do documento nos contatos com as empresas.
Isso pode ser feito pessoalmente em qualquer delegacia, ou online pelo portal da Polícia Civil do Estado onde ocorreu o roubo.
O B.O. também é importante para notificar as autoridades de segurança sobre os problemas enfrentados pelos cidadãos.
5 - Alterar suas senhas
Por fim, é recomendável a alteração de senhas de e-mails e redes sociais, bem como o encerramento de sessão em contas que a pessoa possui no aparelho, o que pode ser feito de forma remota por computador.
Em plataformas como o Facebook e o Instagram, por exemplo, é possível verificar todos os locais e aparelhos onde o perfil está logado e desconectá-los na aba “segurança”, dentro de “configurações”.
Preventivamente, o IDEC recomenda que as pessoas nunca anotem suas senhas em um bloco de notas virtual desprotegido (sem senha) e que ativem a verificação de duas etapas em todos os aplicativos possíveis (como o Whatsapp, Instagram e Facebook).