RESPOSTA

‘Temos lugar para todo mundo’, diz secretário de Cultura de MG sobre críticas

Blocos Então, Brilha e Abalô-Caxi disseram que governo de Minas quer se apropriar do Carnaval belo-horizontino

Por Laura Maria
Publicado em 11 de fevereiro de 2024 | 19:11
 
 
 
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O secretário de Cultura de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, rebateu críticas dos blocos Então, Brilha e Abalô-Caxi em conversa com o jornal O TEMPO realizada na tarte deste domingo (11), na sede do Iepha, na praça da Liberdade. Em seus desfiles, que ocorrerem neste sábado e domingo, respectivamente, representantes dos blocos disseram o governo de Minas quer se apropriar do Carnaval de Belo Horizonte - em 2024, o governo estadual injetou dinheiro na folia que ocorre na capital pela primeira vez. 

“O Então, Brilha abriu o Ensaio Geral [evento que testou a nova sonorização nas avenidas dos Andradas e Afonso Pena], eu estive lá e me lembro. Hoje fui num bloco, o Todo Mundo Cabe no Mundo, e é isso, temos lugar para todo mundo. Quem quer Carnaval com sonorização, vai encontrar, quem prefere o mais tranquilo também, quem prefere ir para o interior, tudo bem. Temos lugar para todo mundo. A política está presente na arte, a cultura é política, só não pode ser da política.”

No sábado (10), Di Souza, vocalista do Então, Brilha puxou um “fora, Zema.” “O governo do Estado deu para querer se apropriar da festa. Nunca ajudaram, pelo contrário, quase acabaram com o nosso Carnaval em 2020”, disse a vocalista da banda do Brilha, em cima do carro de som. Já neste domingo (11), no bloco Abalô-Caxi, deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Duda Salabert (PDT-MG) criticou Zema por tentar, na perspectiva dela, apropriar-se do Carnaval belo-horizontino. “Tem gente querendo ser pai do Carnaval, mas este Carnaval não é do prefeito, não é do governador”, disse, em parte do discurso. 

Expansão do atrium e investimento nas escolas de samba

Na conversa, o secretário também falou sobre uma possível expansão do Atrium Liberdade. Trata-se de uma iniciativa do governo de Minas Gerais de centralizar nas praças da Liberdade e Santa Tereza espaços de descanso para foliões, com áreas para beber água ou retocar a maquiagem, por exemplo. “Essa praça é um atrium natural antes de entrar no Palácio da Liberdade. Tentamos ampliar para a praça Raul Soares, mas prefeitura negou, por uma questão de trânsito. Então, fomos para o Santa Tereza, mas a ideia é ampliar também para bairros periféricos”, espera.

Leônidas Oliveira também falou que é interesse do Estado investir nas escolas de samba - as agremiações têm crescido na cidade, saindo de quatro para 12. “Ontem eu estava mesmo falando com a Cemig, que queremos fazer uma política diferenciada para não concorrer com os blocos para que, dessa forma, possamos ajudar todas as escolas”, comentou o secretário. “Não tenho interesse que sejamos o maior Carnaval, mas estamos trabalhando para ter o melhor, recebendo turistas também estrangeiros”, destaca.

 
 
 
 
 

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