A capital mineira já está se deixando levar pelo axé e samba que prometem agitar o Carnaval em 2025. Neste sábado (18 de janeiro) e domingo (19 de janeiro), 17 blocos realizam ensaio aberto ao público em Belo Horizonte para aquecer os foliões. A programação oficial acontece entre os dias 15 de fevereiro e 9 de março.

Criado em 2017 por um grupo de amigos, o Asa de Banana fará sua estreia na programação oficial do Carnaval na capital neste ano. De acordo com o cantor e um dos diretores do grupo, Pedro Lusz, anteriormente, o bloco atuava somente no pré-carnaval.

"Estamos no pique total, ensaiando muito, justamente para sair com a folia bem afinada."

O nome do bloco, Asa de Banana, traz uma homenagem a dois grandes grupos de axé: Asa de Águia e Chiclete com Banana. Para 2025, o grupo terá como tema "O Canto da Cidade", em referência à música da cantora Daniela Mercury, trazendo uma homenagem às mulheres do axé.

"Nós vamos trazer músicas dessas cantoras que foram precursoras no Axé Music, que começaram todo o movimento lá atrás, trazendo essa maravilha toda", conta Pedro.

Para o cantor, o Carnaval belo-horizontino tem se consolidado como um dos maiores do país por conta, em especial, do acolhimento do povo mineiro.

"E todo o respeito que todos os blocos difundem", complementa. "Tem exceções no público, infelizmente, que às vezes acontecem, mas o respeito, de uma forma geral, atrai muitas pessoas, atrai as famílias, atrai quem quer curtir, atrai quem quer flertar, e tudo mais. Mas o principal é realmente o acolhimento, esse senso de que vai ser respeitado, e a gente vai continuar lutando para ter 100% de respeito no nosso carnaval."

O bloco Asa de Banana é formado por uma banda e uma bateria composta de 150 ritmistas. Em 2025, o grupo trará também a estreia da ala de dança Bota pra Ferver, com cerca de 30 dançarinos.

Entre os integrantes do grupo, está Velva Lopes, de 72. Além do Asa de Banana, ela toca também com outros quatro blocos na cidade. Há oito anos levando ritmo e alegria de carnaval aos belo-horizontinos, Velva conta que a atuação nos blocos trouxe muitas coisas positivas. Ela brinca que trocou a terapia por tocar no carnaval.

"Foi a melhor coisa que me aconteceu. Melhorou muito minha vida."