A vendedora ambulante Maria das Graças Gomes, de 75 anos, tem história trabalhando na folia belo-horizontina. É a sétima vez que ela comercializa produtos na festa, que tem crescido ano a ano. No entanto, apesar do aumento de foliões nas ruas, ela prevê que o Carnaval de 2025 seja “um dos piores” em lucro.

“Este ano está um pouco abaixo do que eu previa. Hoje é o último dia, e não foi como eu esperava”, disse, enquanto vendia produtos no bloco Funk You, que desfila na avenida Amazonas, entre a rua São Paulo e a praça da Estação.

Neste ano, Maria espera lucrar cerca de R$ 4 mil, frente a um investimento de quase R$ 2 mil. O valor é bem abaixo do “melhor ano de lucro”, que, segundo ela, ocorreu em 2023. “Consegui tirar R$ 7 mil de lucro”, revela.

Para a vendedora, o número de ambulantes, que ela considera elevado, impacta na arrecadação. A análise da comerciante ocorre apesar da limitação imposta pela prefeitura no número de comerciantes para 2025, após críticas em 2024. “Meu marido mesmo não conseguiu se cadastrar este ano”, destaca.

Bebida mais vendida

Apesar da consolidação do xeque-mate no Carnaval de BH, além de outros drinks, Maria disse que o que mais vende é cerveja. “A bebida que mais sai é a Brahma Original. Na verdade, a Heineken é a preferida, mas a gente só pode vender bebidas da Ambev, então não tem como”, completou.