A mistura de Minas com a Bahia. Essa foi a definição do encerramento do Carnaval de BH 2025 na Avenida Brasil, neste domingo (9 de março) ao som de Olodum com o Bloco do Futuro. Com apresentações de cinco artistas, a folia reuniu uma combinação de sons para aquecer o coração dos amantes da festa. Dentre eles, a sambista mineira Adriana Araújo, que se apresentou ao lado do Olodum.

A festa começou às 13h com a apresentação da banda Deska Sound. Em seguida, o Bloco de Belo Horizonte, I Wanna Love U, subiu ao trio elétrico com o cantor Celso Moretti. Às 16h, o som da Bahia tomou conta da Avenida Brasil com o Bloco Olodum. E para dar um toque mineiro ao encerramento da festa, a sambista Adriana Araújo foi convidada para se apresentar com o Olodum.

“Para a gente é sensacional fechar o Carnaval de BH com o Bloco do Futuro na rua, fazendo esse encontro de Minas com a Bahia”, conta Tati Campos, organizadora do Bloco do Futuro. “É também o encontro do novo com a tradição: um carnaval de rua que se inspira no de Salvador, mas que mantém viva sua força política de fazer uma festa gratuita, sem corda, para todo mundo que quiser curtir! O Bloco só é do Futuro porque carrega junto uma história de alegria e de luta”, afirma.

Para Adriana, que se apresentou pela primeira vez ao lado do Bloco Olodum, foi difícil segurar a emoção. “Vou te dizer, estou completamente emocionada. Chorei e ainda continuo emocionadíssima, com lágrimas nos olhos. Foi para mim e para os meus estar ali, cantando com o Olodum”, afirma a sambista mineira.

Adriana diz que o que aconteceu neste domingo foi um sonho realizado, e que sonhos nascem para se tornar realidade. “Eu nunca pensei, nunca sonhei, nos meus mais lindos e profundos sonhos, de estar ali, cantando com o Olodum. Isso é de tamanha importância, não somente para mim, mas para as pessoas que têm seus desejos e sonhos, para que saibam que devem continuar caminhando. É difícil, é árduo, mas é muito importante.”, declara. 

Além da emoção de cantar ao lado de uma referência da música brasileira, para a cantora, fechar o carnaval representou um divisor de águas. “Eu sou uma cantora popular, uma cantora regional. Estar ali é imensurável, incalculável. Não tenho como medir em palavras o que estou sentindo nesse momento. Só tenho que agradecer a Deus e aos orixás por essa bênção na minha vida e na vida dos meus”, afirma.