Uma operação na manhã desta quarta-feira (9 de outubro) cumpriu 16 mandados de prisão contra membros de uma organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação ocorreu em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul e teve como um dos alvos um policial penal acusado de colaborar com o grupo.

A operação, denominada "Alpha", foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, em parceria com a Diretoria de Inteligência (Dint) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Além das prisões, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Juiz de Fora, Uberlândia, Pará de Minas e Três Corações, além do Rio de Janeiro (RJ) e Campo Grande (MS).

As investigações, que duraram mais de 18 meses, começaram com a identificação da tentativa de expansão do PCC em Juiz de Fora. O grupo estaria em conflito com integrantes do Comando Vermelho pela disputa de território, o que resultou em uma série de homicídios na cidade. A investigação apontou que o policial penal detido colaborava com a facção, facilitando ações criminosas dentro do sistema prisional.

Ao longo da apuração, a PM e o Ministério Público utilizaram diversas ferramentas de investigação, como interceptações telefônicas e quebra de sigilo de dados, que permitiram reunir provas contundentes sobre a atuação estruturada e permanente do grupo.

A operação contou com o apoio das Polícias Civil e Penal de Minas Gerais, da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, do Gaeco-RJ e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro (CSI-RJ). O objetivo foi desarticular as atividades criminosas ligadas ao tráfico de drogas, homicídios e outros crimes violentos promovidos pela facção.