A influencer Emmanuelly Silva Resende, mais conhecida como Emma Spinner, de 31 anos, natural de Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, foi presa nesta terça-feira (17 de dezembro) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-262, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em setembro deste ano, a influenciadora foi indiciada pela Polícia Civil por uma série de crimes virtuais, incluindo ameaças, extorsão e injúria racial.
De acordo com Cristiano Mendes, agente da PRF, uma equipe da corporação fazia ronda preventiva quando resolveram entrar no estacionamento de um estabelecimento comercial às margens da rodovia.
"Os policiais desconfiaram da atitude de um veículo que estava parado com ocupantes dentro e resolveram consultar a placa. Foi constatado um mandado de prisão em favor da proprietária, então os policiais fizeram abordagem e constataram que a passageira era dona do véiculo", detalha o policial.
Após ser informada da existência do mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Divinópolis, Emma, que vive nos Estados Unidos, relatou que tinha acabado de chegar de viagem. "Ela falou que tinha chegado no aeroporto e estava se deslocando para Divinópolis", completou Mendes.
Conforme a PRF, a influenciadora foi conduzida pela corporação para a Delegacia de Polícia Civil de Betim.
Suspeita responde por 66 crimes
No dia do indiciamento da influencer, a Polícia Civil divulgou todos os crimes pelos quais ela responde na Justiça, que somam mais de 66 casos diferentes cometidos contra 30 vítimas. Entre os crimes estão: uma extorsão; uma denunciação caluniosa; uma injúria racial; seis casos de discriminação religiosa; ameaça (oito vezes), calúnia (13 vezes), difamação (25 vezes) e injúria (11 vezes). Todos os crimes foram cometidos pelas redes sociais.
As investigações começaram em junho deste ano e foram conduzidas pela Delegacia Regional em Divinópolis. Foi descoberto que a influenciadora usou suas redes sociais, onde tinha mais de 70 mil seguidores, para atacar pessoas, praticar discriminação religiosa e fazer ameaças, causando sofrimento psicológico e prejuízos financeiros a várias vítimas.
Ela chegou a pedir dinheiro a uma das vítimas, prometendo parar com as ofensas se recebesse o pagamento. A vítima recusou, e as ofensas continuaram. Além disso, a suspeita possui um visto temporário e um histórico de problemas psiquiátricos, ainda conforme a Polícia Civil (PC).
Perfis apagados
Até o indiciamento, a influenciadora tinha quatro perfis principais nas redes sociais, que foram removidos a pedido da polícia. No entanto, Emma criou novas contas para continuar com os ataques contra suas vítimas.
A Polícia Civil também pediu a prisão preventiva da suspeita e a quebra do sigilo telemático de suas contas para identificar outras pessoas envolvidas.