A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (24 de maio), o homem suspeito de matar o ex-delegado Hudson Maldonado, de 86 anos, em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. Ele se apresentou na delegacia e afirmou que não desejava tirar a vida da vítima, mas agredi-la.
A delegada Fernanda Mara de Assis Costa, responsável pelo caso, informou que o suspeito foi até a delegacia sem a presença de advogado. “Tínhamos representado pela prisão preventiva dele e o informamos sobre isso. Ele não apresentou resistência, tanto que falou que poderíamos algemá-lo, pois entendia a situação”.
O ex-delegado teve a casa invadida pelo suspeito que abordou a cuidadora dele. “Ele contou que havia levado a faca para usar, caso fosse impedido por alguém. Disse que havia escondido o galão com combustível em um lote que fica perto da casa da vítima. No depoimento ele relatou que não esfaqueou o doutor Hudson”, informou a delegada.
SETE LAGOAS: #PCMG informa que o homem, de 52 anos, suspeito de matar um delegado de polícia aposentado, de 86, se apresentou, nesta sexta (24/5), na delegacia, onde está sendo ouvido. Após a finalização do procedimento, será dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva.+ pic.twitter.com/XCRtznGnFu
— Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) (@pcmgoficial) May 24, 2024
O corpo da vítima foi completamente carbonizado, segundo a delegada. Após o crime, o suspeito se escondeu no mato. “Ele argumentou que optou por se entregar, pois preferia não ficar mais naquela situação e estava disposto a responder o procedimento. Falou que não queria ter matado a vítima, mas, sim, agredi-la”.
A motivação, conforme já informado, seria vingança. “Há 18 anos, o suspeito foi excluído dos quadros da corporação em decorrência de um procedimento no qual o doutor Hudson deu causa”.
A ira do suspeito contra o ex-delegado teria retornado recentemente. “Ele entrou com ação de reintegração de cargo e perdeu na 1ª e 2ª instâncias. Na semana passada, ele teve uma derrota no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e isso reavivou o rancor que tinha contra o doutor Hudson”. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
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