A Procuradoria-Geral da República (PGR) do México conseguiu, na Justiça, a determinação da prisão de um homem que estaria envolvido no sequestro e tortura de seis mineiros - quatro homens e duas mulheres - na cidade de Cancún, em maio deste ano. O caso ganhou repercussão após, nos últimos dias, passarem a circular as imagens que mostram pelo menos três das vítimas sendo agredidas nas nádegas com pedaços de pau. 

A informação foi divulgada pelo jornal local "Sol Quintana Roo", que disse ainda que a autoridade judiciária determinou o indiciamento do homem, identificado como "Brian Alejandro" e que é conhecido como "N", pelo crime de sequestro. O órgão do país ainda determinou a prisão preventiva pelo período de 2 anos. 

O sequestro foi registrado no último dia 21 de maio, quando os seis brasileiros, oriundos de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e Governador Valadares, no Rio Doce, tentavam cruzar a fronteira para os Estados Unidos. Após entrarem em um Uber, o grupo foi interceptado por dois táxis. 

Eles foram levados para um local isolado, onde os seis foram espancados e tiveram seus pertences e dinheiro roubados. Ainda conforme o jornal mexicano, enquanto os homens e mulheres eram torturados, os sequestradores gravavam vídeos e os mandavam para os familiares no Brasil, exigindo a transferência de valores. 

Ainda conforme o jornal "Sol Quintana Roo", os brasileiros foram resgatados e receberam assistência, abrigo e alimentação durante o período em que estiveram sob proteção das autoridades para prestarem depoimentos. 

Itamaraty acompanha o caso

Procurado por O TEMPO, o Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil no México, informou que "tem acompanhado o caso e prestado assistência consular às vítimas". 

"Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", completou o órgão.

Por fim, o Itamaraty destacou uma cartilha produzida para alertar a população sobre os riscos da imigração irregular para os EUA e México. O documento pode ser acessado clicando aqui.