As 17 peças furtadas do Museu de Artes e Ofícios, na madrugada deste sábado (15), não possuem valor comercial. A informação foi dada pela diretora do museu, Karla Bittar. Segundo ela, o valor das peças é unicamente histórico e cultural, no contexto do acervo do museu.

“Essas peças são valiosas, são raras, mas dentro de um contexto do museu. No mercado, não têm valor nenhum”, detalhou.

As peças levadas, segundo Karla, são quase todas ligadas ao ofício da marcenaria. O inventário completo do que foi levado ainda não foi concluído. A investigação fica a cargo da Polícia Federal, já que o acervo possui tombamento federal.

O Museu de Artes e Ofícios, administrado pela Fiemg, conta com seguro para a estrutura de vidro danificada, mas não para as peças, já que elas não possuem valor comercial.

Investigação

A perícia está em andamento, mas já se sabe que o autor do furto estava sozinho. Ele quebrou uma vidraça lateral do prédio e ficou cerca de 10 minutos dentro do museu. As câmeras de segurança internas e externas estão sendo analisadas para levantamento de mais informações.

A fundadora do museu e doadora do acervo, Angela Gutierrez, esteve no local. Muito emocionada, ela afirmou estar devastada com o furto. “Um ato de total desrespeito com uma coleção importante, que representa tanto para a cultura mineira e brasileira”, disse.

Segundo Angela, as peças furtadas são parte de uma coleção que é a única no país e representa as artes e ofícios. “É o começo de tudo, (as peças) mostram como foi duro o trabalho dos homens e mulheres. É um museu que valoriza o trabalho, seja ele qual for”, desabafou.