Vingança foi o motivo para um homem de 27 anos assassinar outro, de 19, com um tiro à queima-roupa na cabeça no bairro Industrial Americano, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Essa foi a conclusão da Polícia Civil de Minas Gerais, que apresentou nesta quinta-feira (19) detalhes do crime, ocorrido no dia 13 de setembro, em plena luz do dia.

Segundo a PCMG, o local do crime é palco de uma disputa por pontos de tráfico de drogas. Em meio a essa guerra, no dia 28 de julho deste ano, o investigado sofreu uma tentativa de homicídio e precisou ser socorrido a uma unidade de saúde. "Já no hospital, ele declarou aos policiais que foram registrar a ocorrência que iria se vingar. Ele se recusou a dar informações sobre as circunstâncias ou autoria do crime, afirmando que resolveria a questão sozinho", relatou a delegada Adriana Rosa, titular da Delegacia de Homicídios de Santa Luzia.

Às 11h da manhã do dia 13 de setembro, de acordo com o inquérito, o suspeito chegou ao local do crime, onde estavam quatro pessoas, incluindo dois menores de idade, todos membros de um grupo rival. Três deles correram assim que o autor parou sua moto no meio da rua e sacou uma arma de uma pochete. No entanto, ele conseguiu alcançar a vítima. Toda a ação, segundo a delegada Adriana Rosa, durou apenas 14 segundos.

"Ele agarrou a vítima pela gola da roupa, a pressionou contra o muro e perguntou qual era o vulgo (apelido) dele. A vítima respondeu com seu segundo nome, e o autor disparou um tiro com a arma encostada na testa, fugindo em seguida", detalhou a delegada.

Prisão e ficha criminal

O suspeito foi preso na última quarta-feira (18) em uma rua no Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. Ele estava escondido na casa de comparsas e, segundo a Polícia, possui uma extensa ficha criminal.

"Ele tem um perfil de desrespeito ao Estado e às instituições, agiu de cara limpa e não se intimidou com a presença de testemunhas. Ele já tem passagens por tráfico de drogas, roubo, lesão corporal, receptação, vias de fato e tentativa de homicídio", afirmou a delegada Alessandra Rosa. Uma dessas tentativas de homicídio, inclusive, teria sido contra policiais militares.

"Em certa ocasião, os agentes o interceptaram enquanto ele se dirigia para executar um desafeto. Os policiais impediram a execução, houve perseguição e troca de tiros. Ele também responde por essa tentativa de homicídio", acrescentou a delegada.

O investigado pode ser indiciado por homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.