Perto de completar quatro meses do acidente aéreo que matou toda a tripulação do Arcanjo 4 em Ouro Preto, na região Central do Estado, a nova comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Jordana Filgueiras, disse em entrevista a O TEMPO nesta quarta-feira (5 de fevereiro) que o acidente “é uma ferida que ainda dói muito”. A nova chefe da corporação recebeu a reportagem um dia após assumir o comando.

“É uma ferida que ainda dói muito ter perdido nossa tripulação do Arcanjo. É uma dor que ainda existe na corporação”, disse. A comandante ressaltou que as investigações são conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pela Polícia Civil, mas que o Corpo de Bombeiros tem dado todo o apoio requisitado.

Internamente, a comandante contou que foi necessário um trabalho específico para os militares que atuam no Batalhão de Operações Aéreas (BOA). Em um primeiro momento, foi necessário entender o que o batalhão sentia para fornecer o apoio psicológico. Durante um tempo, as operações aéreas foram suspensas, com o retorno gradual. Nesse meio tempo, as outras forças de segurança apoiaram as ocorrências dos bombeiros que exigiam o uso de aeronaves. As atividades, contudo, já foram reestabelecidas. 

“O acidente é algo não pode ser esquecido e, principalmente, ações que viabilizem o cuidado com a nossa tropa, com os militares que sofreram (mais de perto), nós sofremos muito com essa perda, e avançando. Ver o que a gente pode melhorar. Eu falo que aquele acidente não foi em vão, vamos honrar muito os irmãos de farda que perdemos aprimorando cada vez mais nosso serviço”, afirmou a comandante.

A coronel relatou que algumas medidas já foram adotadas especialmente com o BOA em si, de melhorias de estrutura, psicologia, e um acompanhamento mais de perto das atividades. Procurado, o Cenipa informou que ainda investiga o acidente com o helicóptero de matrícula PR-UEA.