Servidores da educação municipal de Belo Horizonte vão encaminhar à prefeitura da cidade uma proposta de reajuste salarial para a categoria. Atualmente, primeiro nível trabalhista da categoria (nível 8) recebe R$ 2.869,89 ao mês, e a reivindicação é de um reajuste de 47,02%.
"Considerando diversos índices e perdas inflacionárias que tivemos nas gestões dos prefeitos Kalil e Fuad, chegamos a esse valor que será aplicado em todos os níveis da categoria", informou a presidência do Sindi-Rede, sindicato que representa a categoria, Talita Lacerda.
Nesta quinta-feira (13), a categoria se reuniu em assembleia na praça da Estação, no centro de Belo Horizonte, para deliberar esta e outras pautas. Parte das escolas paralisaram as atividades em função da reunião.
"A gente também votou pela manutenção do calendário de ações, que prevê o envio do ofício à PBH, uma manifestação dos servidores da educação infantil, reunião interna e visitas às escolas, entre outras ações que contrariam a proposta da prefeitura de diálogo apenas em julho", acrescentou.
A Prefeitura de Belo Horizonte foi questionada sobre a assembleia e sobre o pleito da categoria, e disse, por meio de nota, que ainda não recebeu as pautas das entidades sindicais e que está aberta ao processo de negociação, de forma transparente e com base no diálogo.
Paralisação e greve
Uma nova assembleia geral está prevista para o dia 15 de abril, quando a categoria espera ter recebido algum retorno da Prefeitura de Belo Horizonte. Há possibilidade de decreto de greve.
Nesta quinta-feira (13), para a reunião, parte dos professores e servidores da educação municipal dispensaram os alunos, impactando na rotina de das famílias. A adesão à paralisação foi optativa ao profissional.
No dia 17 ou 20 deste mês está prevista uma manifestação da educação infantil, com possível nova paralisação das aulas.
Já no dia 1º de abril haverá uma plenária de representantes.