Uma mulher de 31 anos precisou ser levada ao Hospital Público Regional de Betim após ser agredida por outras duas mulheres, de 27 e 36 anos, na noite de sexta-feira (9 de maio), no bairro Morada do Trevo, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo informações da Polícia Militar, o caso ocorreu por volta das 21h da sexta, próximo a um bar da região.

De acordo com o boletim de ocorrência, a agressão teria começado depois que a filha de 11 anos de uma das suspeitas contou à mãe que havia sido agredida pela vítima. A mulher, então, acompanhada da outra suspeita, foi tirar satisfação com a vítima e iniciou a violência física. A versão, no entanto, é contestada pela família da vítima — confira abaixo. 

A dupla admitiu ter desferido socos, chutes e empurrões na mulher, que sofreu hematomas no rosto, inchaço nos olhos e arranhões nas pernas. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Regional, onde passou por avaliação das equipes de cirurgia geral, neurocirurgia e ortopedia. A vítima teve alta na manhã deste domingo (11).

A mãe da vítima foi quem acionou a polícia e relatou que as agressoras teriam feito vídeos das agressões, que estariam armazenados em seus celulares. A PM registrou a ocorrência e encaminhou o caso para investigação.

O outro lado: família da vítima afirma que ela 'nunca mexeu com ninguém' 

A família da mulher agredida contesta a versão das suspeitas. Segundo a irmã da vítima, Suellen Silva, de 32, não teria ocorrido desentendimento da irmã com a filha de uma das suspeitas, como alegado por uma delas inicialmente.

"Minha irmã tem transtornos psicológicos e faz acompanhamento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial). As duas que a agrediram não gostavam da presença dela no bairro pois diziam que ela 'estava dando trabalho'. Porém, ela nunca mexeu com ninguém, muito menos com a filha de uma delas, como elas dizem", afirmou.

Segundo ela, após o crime uma das mulheres teria feito uma publicação nos stories do Instagram debochando do caso. "Foi um ato de crueldade, uma covardia, uma tentativa de homicídio mesmo", completa.

Suellen conta que as mulheres só pararam de agredir a irmã após a chegada de um amigo da família, que separou a briga. O ato foi gravado por outras pessoas que passavam pelo local. 

A família também registrou outro Boletim de Ocorrência (BO) junto à Polícia Militar, com essa versão dos fatos, e aguarda por justiça. "Minha irmã não está sozinha. Ela tem três filhos, incluindo uma bebê de dois anos, e vamos fazer de tudo para que a justiça seja feita", desabafou.