Um homem de 27 anos e uma mulher, de 45, tutores de dois rottweilers, foram indiciados pela morte do menino Guilherme Gabriel Couto da Silva, de 12 anos, que foi atacado pelos animais no dia 12 de março de 2025. O episódio ocorreu em Itabira, na região Central do Estado, e o jovem faleceu quatro dias depois em Belo Horizonte.
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o laudo pericial apontou falhas significativas nas condições de guarda dos cães, o que teria possibilitado o acesso dos animais à via pública no momento do ataque. "Em razão da negligência evidenciada na manutenção da contenção e segurança dos cachorros, os tutores foram indiciados pelo crime de homicídio culposo, previsto no artigo 121, parágrafo 3º, do Código Penal", explicou a PCMG.
Relembre o caso
Os dois rottweilers que atacaram Guilherme haviam fugido da casa onde moravam por meio de um buraco na cerca do quintal. Depois do episódio, eles continuaram agressivos e foram abatidos por agentes policiais, que, antes dos disparos, tentaram, sem sucesso, contê-los.
Socorrido por pessoas que passavam no local, Guilherme recebeu os primeiros socorros por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhado ao hospital municipal de Itabira. A equipe médica constatou diversas perfurações pelo corpo, as mais graves na região da barriga e no pescoço. O adolescente chegou a ser transferido ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, mas não resistiu aos ferimentos.
A morte chegou a ser lamentada por familiares nas redes sociais e a Escola Municipal Marina Bragança de Mendonça, onde Guilherme estudava, também suspendeu as aulas no dia 17 de março, em sinal de luto.