Bairro Ouro Preto

Agressão a cães em ônibus revolta passageiros e termina em confusão

Suspeito transportava dois filhotes em uma caixa e teria batido neles por que choravam bastante; após mulheres chamarem polícia, homem e familiares teriam as agredido

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 05 de fevereiro de 2015 | 19:06
 
 
 
normal

Uma viagem do ônibus 3503 A (Santa Terezinha/São Gabriel) precisou ser interrompida na altura do bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, após passageiros se revoltarem com um homem que transportava dois filhotes de cachorro em uma caixa e que estaria agredindo os animais porque eles choravam. Após pararem o veículo e chamarem a polícia, passageiras teriam sido agredidas pelo suspeito e seus familiares.

Quem denunciou os maus tratos à reportagem de O TEMPO foi a advogada e membro da ONG Cão Viver, Val Consolação. "Esse senhor entrou no coletivo com dois filhotinhos dentro de uma caixa de papelão. Por serem animais muito novos eles choravam o tempo inteiro e, por isso, ele ficava o tempo inteiro batendo neles", explicou. 

Segundo ela, uma amiga que também é protetora dos animais estava entre os passageiros e foi uma das que se revoltaram e pediram que o motorista parasse o veículo para eles chamarem a polícia. "Tinha uma veterinária em um salão de beleza próximo que acabou vendo a confusão e também ajudou. Eles pegaram os animais do homem, que alegou que os levava para outro lugar onde os venderia", contou. 

Diante disso, um dos passageiros chegou a propor de comprar os animais, porém o acusado não aceitou e chamou a sua família. "Quando chegaram os parentes, eles tentaram pegar os animais de volta e na confusão acabaram agredindo três pessoas, entre elas essa veterinária", contou.

A Polícia Militar (PM) teria chegado a levar os envolvidos para a Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), também no bairro Ouro Preto. Porém, como houve denúncia de crime de ameaça e lesão corporal, todos foram transferidos para a delegacia do Juizado Especial Criminal, na Via Expressa.

Conforme a Polícia Civil, a delegada Eliane recebeu os envolvidos, que relataram a mesma versão. Todos os envolvidos participaram de uma audiência, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) - registro de um fato de menor potencial ofensivo - e acabaram liberados.   

Ainda de acordo com Val Consolação, existiam três possibilidades para o que seria feito com os animais. "Ou ele voltava para o dono, ou iriam para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e a última opção era a gente comprar os animais", explicou. As protetoras decidiram então adquirir os dois animais por R$ 700. "Agora vamos fazer uma vaquinha para ajudar as protetoras com a guarda definitiva", finalizou a advogada.

Atualizada às 15h39 do dia 6 de fevereiro de 2015

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!