GRANDE BH

Após protesto de moradores, ônibus voltam a circular em Ibirité

Grupo fechou a estação de ônibus para manifestar contra aumento de passagens e quadro de passagens; ato foi pacífico

Por DÉBORA COSTA
Publicado em 04 de janeiro de 2016 | 10:04
 
 
 
normal

Após quase quatro horas, moradores de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, terminaram o protesto contra o aumento de passagens que começou no início desta segunda-feira (4). A circulação dos ônibus foi suspensa com o fechamento da estação de ônibus.

De acordo com militares do 48º Batalhão, o ato começou por volta das 7h30 às margens da rodovia Renato Azeredo. O protesto foi pacífico e não houve registro de ocorrências. Com o aumento, o valor das passagens municipais passaram de R$ 3,25 para R$ 3,60. Já das linhas intermunicipais subiu de R$ 4,50 para R$ 5,10.

Além do aumento das passagens, os manisfestantes questionam também sobre a redução do quadro de horários,  o embarque dos usuários prioritários pela porta dianteira dos ônibus. Eles pedem melhoria da qualidade do transporte coletivo, no quesito higienização dos ônibus e reclamam da falta de educação dos funcionários da empresa no que se refere ao trato com os passageiros, da falta de cobradores nos coletivos e querem a implantação de horário noturno.

A Secretaria de Transportes e Obras Públicas (SETOP) informou, por meio de nota, que está aberta ao diálogo e vem discutindo melhorias no transporte metropolitano com a Comissão de Usuários daquele município.

"Estava dentro do ônibus quando eles fecharam os portões e não consegui sair. Tive que ficar na rodoviária. Acho que a manifestação no terminal não resolve o problema. Tem que atingir as pessoas que estão no comando, mas o aumento com certeza é um absurdo. Meu primeiro dia de trabalho depois das férias e vou chegar muito atrasada”, disse a auxiliar administrativo Janaína Cristina, que trabalha em Contagem, também na Grande BH, e ficou cerca de três horas no terminal rodoviário.

O protesto também pegou o auxiliar de mecânica Vítor Gonçalves, de 22, de surpresa. Ele não conseguiu voltar para casa após uma consulta médica.

"Respeito o protesto porque é um absurdo o preço da passagem. O quadro de horários também é ruim e precisa melhorar”, disse o jovem.

Representantes da empresa Sidon, responsável pelo transporte na cidade, foram ao local e registraram um boletim de ocorrência.

"Moradores e usuários do transporte público questionaram o valor da passagem e o quatro de horários. Mostraram uma insatisfação. O terminal respeita esse tipo de manifestação e entende que as reivindicações são para melhorias locais”, disse Jonathan Marques, encarregado de tráfego do terminal Ibirité.

Por volta das 11h, o serviço de ônibus funcionava normalmente.

Atualizada às 16h50

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!