A Polícia Civil de São Paulo localizou, neste sábado (25), o armamento pesado que teria sido utilizado no assalto à agência da Caixa em Itajubá, no Sul de Minas. Em uma casa no bairro Itaquera, na zona Leste da capital paulista, foram encontrados fuzis, pistolas, capacetes e munições que seriam do bando que realizou o assalto.
Um homem de 43 anos, responsável pela guarda do material, também foi localizado e preso, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ele alegou ter recebido R$ 1.000 para guardar o armamento por alguns dias e confirmou que o material havia sido utilizado no roubo em Itajubá. A carga seria levada para a comunidade do Heliópolis, em São Paulo, segundo o homem. Na delegacia, autuado em flagrante por roubo e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, ele passou mal e foi socorrido ao Pronto-Socorro.
Até então, apenas um suspeito do assalto em Itajubá havia sido preso, mas a Polícia Militar de Minas Gerais estima que pelos menos 12 pessoas integram o grupo de criminosos. A operação deste sábado localizou três fuzis calibre 762, uma pistola calibre.40 com seletor de rajadas, uma espingarda calibre 12, 28 carregadores de fuzil, três carregadores de pistola, mais de 940 munições de diversos calibres, seis coletes e dois capacetes balísticos, uma faca, um canivete e dois artefatos explosivos. O material estava embaixo do sofá, sobre um guarda roupa e dentro do móvel.
A operação deste sábado ocorreu por meio de uma força-tarefa montada entre as Polícias Civis de São Paulo e Minas e a Polícia Federal. Agora, o material apreendido passará por perícia.
Relembre o assalto em Itajubá
No fim da noite da última quarta-feira (22) Itajubá, cidade do Sul de Minas com cerca de 100 mil habitantes, foi alvo de uma ação ousada de criminosos do chamado "novo cangaço". Cinco pessoas - quatro policiais e um estudante de engenharia - acabaram feridos após intenso tiroteio durante a ação, que teve como alvo uma agência da Caixa Econômica Federal na região central do município.
Um dos militares está com uma fratura na perna, enquanto outro foi atingido por um disparo de fuzil no braço. Esse último passa por cirurgia. O tenente-coronel pontuou que a munição de fuzil é capaz de transfixar pessoas, obstáculos e barreiras.
Até a noite dessa sexta-feira (24), a operação da polícia continuava na região, em uma área de aproximadamente 6.200 km² entre as cidades de Brazópolis, Maria da Fé, São Lourenço, Santa Rita do Sapucaí, Estiva e até Extrema.
Segundo a porta-voz da Polícia Militar mineira, major Layla Brunnela, detalhar especificamente onde estão sendo as buscas poderia deixar os policiais ainda mais expostos, e por isso há poucas informações sobre o trabalho.
Entretanto, diante dos locais onde veículos usados pelo bando foram encontrados, acredita-se que eles utilizaram pelo menos duas rotas de fuga.