No último fim de semana, um assunto dominou as conversas entre os belo-horizontinos: a audácia de um grupo organizado em assaltar uma joalheria no BH Shopping em plena tarde de véspera do Dia das Mães. Um crime realizado em um dos sábados mais importantes do calendário anual para o comércio. 

Muito se especulou sobre o valor dos relógios roubados, sobre a origem da quadrilha, sobre o que poderia ter sido feito para conter o crime. Para separar a especulação das informações verificadas, confira quais são as informações concretas sobre o crime ocorrido no último sábado (7):

Dinâmica

De acordo com o boletim de ocorrência, quatro homens armados entraram na loja Manoel Bernardes e mandaram os funcionários se sentarem no chão. Um deles tirou um martelo da bolsa e quebrou quatro mostruários onde estavam 13 relógios da marca Rolex, com valores de R$ 40 mil a R$ 300 mil. 

Os quatro homens provocaram tumulto com tiros para o alto e fugiram para o estacionamento do 4º piso, onde outros três comparsas os aguardavam. Um deles fez um segurança de refém enquanto outro atirou duas vezes contra outro segurança do shopping, mas sem atingi-lo. O grupo fugiu em um HB 20 e um Creta. 

Perto do shopping, o grupo liberou o refém. Foram até a rua Elza Rodarte, no Belvedere, onde se encontraram com outros dois integrantes da quadrilha. Ali, trocaram de veículos, sem antes incendiar os carros usados no roubo.

Não há informação se os bandidos trocaram de veículos novamente. Ninguém ficou ferido e as polícias afirmam que estão agindo para identificar os nove suspeitos

 

Veículos

Os dois carros utilizados primeiramente na fuga tinham placas clonadas. Ao verificar os chassis, a Polícia Militar descobriu que os veículos HB 20 e Creta originalmente foram furtados no Estado de São Paulo.

De acordo com o BO, na rua Elza Rodarte os bandidos entraram em um Onix e um Grand Vitara, mas sem que alguém tivesse anotado as placas. Embora os veículos tenham sido furtados em São Paulo, não há nada que indique que a quadrilha seja paulista.

 

Valor do prejuízo

A Manoel Bernardes informou por nota que os danos materiais ainda não haviam sido contabilizados. Dentro do BH Shopping, os trabalhadores especulam sobre o prejuízo, mas não há nada de oficial sobre o valor total do material levado pelos bandidos. 

 

Investigação complexa

A investigação do caso fica a cargo da Polícia Civil, que ainda não divulgou informações sobre o que foi descoberto. A instituição afirmou apenas que deu início à coleta de depoimentos de testemunhas e provas. A Polícia Militar informou que divulgou dados para o Sistema Brasileiro de Inteligência para compartilhar informações com corporações de outros Estados, pois existe a possibilidade de essa quadrilha agir em outras regiões. Foram feitos cercos e bloqueios em diversas rodovias de Minas para impedir que os bandidos saiam do Estado. O shopping afirma que está colaborando com as investigações.