A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) registrou nessa segunda-feira (3), pela primeira vez desde o início da pandemia, mortes de pessoas por coronavírus que não tinham comorbidades, ou seja, fora do grupo de risco. Dos 552 óbitos confirmados, pelo menos oito são de vítimas sem complicações, como cardiopatia, hipertensão, diabetes, ou que eram idosas.

Até a última sexta-feira (31), quando a capital tinha 528 mortes, em todos os boletins epidemiológicos divulgados constava: “100% dos óbitos com a presença de pelo menos um fator de risco ou comorbidade”. No entanto, nessa segunda, foi informado que “98,4% dos óbitos com a presença de pelo menos um fator de risco e/ou comorbidade”.

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A PBH não explicou que doentes eram esses (dados como idade) nem quando eles morreram de fato. Porém, com uma simples conta, é possível afirmar que entre oito e nove vítimas se enquadram nessa situação.

Veja quais os fatores de risco os moradores de BH que perderam suas vidas na pandemia tinham:

Idade maior que 60 anos: 447 pessoas
Cardiopatia: 271 pessoas
Diabetes: 203 pessoas
Pneumopatia: 120 pessoas
Obesidade: 80 pessoas
Nefropatia: 70 pessoas
Neurológica: 62 pessoas
Imunodeficiência: 41 pessoas 
Hepatopatia: sete pessoas
Hematológica: seis pessoas
Puérpera: uma pessoa

A região que mais teve mais mortes em decorrência da Covid-19 foi a Nordeste, com 74 óbitos, seguida de Venda Nova (71), Barreiro (65), Centro-Sul (64), Noroeste e Oeste (60), Leste (55), Norte (54) e Pampulha (49). Já são 21.072 casos confirmados da doença, 478 a mais que na última sexta.

Leitos

Da semana passada para esta, a ocupação de leitos exclusivos para pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus teve uma leve redução, confira: 

Enfermaria (quantidade de unidades/ocupação)

Antes: 1.115/68,1%
Agora: 1.115/67,1%

UTI (quantidade de unidades/ocupação)

Antes: 422/87,7%
Agora: 424/83,7%