Depois de bandidos causarem um incêndio que consumiu 22 hectares da Serra do Rola Moça ao atearem fogo no corpo de um homem assassinado por eles, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, militares do Corpo de Bombeiros acabaram localizando um segundo cadáver. A ossada foi achada em um ponto distante e não estaria relacionado ao caso registrado na noite da última sexta-feira (15 de setembro).
O encontro de mais de um cadáver foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros, que explicou que, para além do corpo queimado, que teria sido a causa das chamas que se espalharam rapidamente, a ossada acabou sendo localizada durante os combates às chamas, em um local "distante" da primeira vítima achada pelos militares.
Questionada por O TEMPO, a Polícia Civil informou, por nota, que uma equipe da perícia compareceu ao local após ser acionada pelos militares dos bombeiros. Depois de realizar os levantamentos iniciais, a ossada foi recolhida e encaminhada ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IML) "onde passará por análises".
Já sobre o assassinato que culminou no incêndio de grandes proporções, a Polícia Civil informou que já está apurando o caso, mas que, até o momento, não houve conduzidos à delegacia. "Tão logo seja possível, novas informações poderão ser divulgadas", completou.
Relembre o caso
Ao menos seis pessoas são suspeitas de um homicídio e de colocarem fogo na Serra do Rola Moça na noite de sexta. Todo o crime foi presenciado por três pessoas que faziam fotos na região e, depois, acionaram a polícia. Quando a PM chegou ao local as chamas ainda estavam altas.
Após um certo período, militares conseguiram visualizar o corpo da vítima e acionaram a perícia e rabecão. As testemunhas disseram que os criminosos chegaram em dois carros, um vermelho e um roxo, e colocaram fogo na mata. Só depois as testemunhas viram que um corpo tinha sido jogado lá.
Um homem compareceu ao local e se identificou como irmão da vítima. Ele reconheceu o corpo por uma tatuagem na perna. Segundo ele, o irmão era usuário de drogas e trabalhava para o tráfico, mas não passou outros detalhes.
A polícia conseguiu identificar a companheira da vítima. Ela alegou que eles estavam brigados, mas que recebeu mensagem do homem dizendo que passaria na casa dela para ver a filha do casal. Cerca de 15 minutos depois da ligação, ela ouviu barulho de disparo de arma de fogo, tentou fazer contato com ele, mas não foi atendida. Logo depois, soube da morte pelas redes sociais.