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BRT na Amazonas espera União 

Obra defendida por especialistas é apontada como solução para trânsito da região Oeste da cidade

Por Danilo Emerich
Publicado em 26 de março de 2016 | 03:00
 
 
 
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Em maio de 2015, o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Ramon Victor Cesar, chegou a anunciar que estava em elaboração o edital para contratação do projeto executivo da intervenção, mas devido à falta de recursos, o prefeito Marcio Lacerda cancelou o investimento em agosto do mesmo ano. O valor para a obra, estimado em agosto de 2014, era de R$ 547 milhões, sendo que R$ 377 milhões seriam da própria prefeitura e, o restante (R$ 170 milhões), de um financiamento do governo federal.

Conforme a BHTrans, se o governo federal demorar muito na liberação da verba, o poder público municipal poderá estudar formas operacionais de otimizar o uso da via e estudar outros projetos para a avenida Amazonas, por onde passam diariamente 91 mil veículos, em média.

Em setembro de 2014, foi publicada no “Diário Oficial da União” (“DOU”) a portaria 546, do Ministério das Cidades. Ela divulgou a seleção de propostas da prefeitura da capital dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Pacto da Mobilidade, com previsão de contratação de projetos executivos e obras para a implantação. “Entretanto, em função do contingenciamento de verbas em nível nacional, a Caixa Econômica Federal ainda não assinou o contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte para a liberação dos recursos”, conforme nota do Ministério das Cidades.

Ainda conforme a pasta, “o empreendimento está em fase de contratação, aguardando aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional, mas sem previsão de liberação. A partir da aprovação e da análise de risco pelo agente financeiro, o município poderá contratar a operação e receber o recurso”.

Ainda conforme a BHTrans, o Move para a Amazonas teve sua concepção desenvolvida em 2013. Segundo os estudos preliminares, a intervenção prevê 9 km de corredor central exclusivo para ônibus e uma via em cada sentido, entre a avenida Paraná e o Anel Rodoviário. O conceito original para a obra não exige desapropriações e recebe o nome de Expresso Amazonas.

Projetos continuam sem perspectiva

Antigas demandas da população de Belo Horizonte, a reforma do Anel Rodoviário e a ampliação do metrô da capital também não têm data para sair do papel. De acordo com a Secretaria de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop), o projeto funcional da obra do Anel Rodoviário já foi aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

No momento, o anteprojeto de engenharia para a licitação pelo Regime Diferenciado de Contratação Integrado (RDCI) deverá ser concluído até o fim de agosto de 2016.

Sobre o projeto de ampliação do metrô da capital, a Setop informou que está em negociação com o governo federal em busca de uma solução para a questão. Não há prazo para o fim das conversas.

Procurado, o Ministério das Cidades afirmou que “as discussões que estão em andamento são a modernização da linha 1 e a consolidação da linha 2. Portanto, ainda não há uma definição para a concretização do projeto. A linha 3 não foi descartada”. 

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