Pesquisa

Caeté usa método pioneiro da UFMG para testar Covid por meio de saliva

Procedimento é menos invasivo pois dispensa os swabs (cotonetes), e também reduz o risco de contaminação

Por Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2021 | 17:29
 
 
 
normal

A Prefeitura de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, começou a utilizar um método pioneiro da UFMG para diagnosticar se uma pessoa está ou não com Covid-19. Ao invés dos métodos invasivos, que usam o swab (cotonetes dentro do nariz), o procedimento adotado colhe saliva.  O novo teste, que ainda está em análise pela universidade federal de Minas, tem apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia e de outras 11 universidades brasileiras.

Caeté destacou que é o único município no Estado a participar dessa etapa da pesquisa. "Utilizando raio laser e inteligência artificial, o teste que vem sendo desenvolvido pela UFMG oferece diagnóstico mais rápido que os outros testes já convencionais. Além disso, o grupo de pesquisa que está desenvolvendo a tecnologia e atuando em Caeté busca confirmar a eficácia do modelo de testagem", ressaltou a prefeitura.

Biomédico e pesquisador da UFMG, Lucas Fernandes explicou que o teste com as amostras salivares substitui os exames RT-PCR e sorológicos. Ele também reduz o risco de contaminação, já que o próprio paciente pode coletar saliva. "Nosso objetivo é uma testagem em massa da população brasileira", disse.

Pró-reitor adjunto de Pesquisa, André Massenssini detalhou que o teste salivar faz a leitura em apenas três minutos. "Nossa expectativa é comparar as amostras coletadas pelo swab nosorofaríngeo com as amostras salivares de um mesmo paciente. Assim, poderemos observar se os dois testes são equivalentes”, afirmou.

Segundo o professor, caso o teste por amostra salivar tenha sua eficácia equivalente ao que utiliza amostras colhidas no nariz e na garganta, o primeiro poderá ser autorizado e tornar-se padrão, ampliando, assim, a capacidade de testagem. “A coleta salivar é mais fácil, e o resultado sai mais rapidamente. A amostra não precisaria ser enviada aos laboratórios, pois qualquer hospital poderá adquirir o equipamento e, após treinamento, realizar os exames. Isso viabilizaria a coleta e análise de mais amostras fora dos grandes centros urbanos”, justifica Massensini.

Em Caeté, a expectativa é coletar mais de 1.400 amostras de diferentes públicos.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!