Capivaras da Pampulha podem ser esterilizadas para controle da prole

A reunião realizada no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sobre o destino das capivaras que vivem no entorno da lagoa da Pampulha terminou com a apresentação de uma nova solução. O controle da população dos animais poderá ser realizado por meio de vasectomia para os machos e “ligadura de trompas” para as fêmeas.

Além de especialistas, representantes da prefeitura de Belo Horizonte e da promotoria de Meio Ambiente do MPMG, o professor e veterinário Tarcízio de Paula, da Universidade de Viçosa, apresentou a experiência com as capivaras na cidade que, na década de 1990, viu de perto a proliferação destes animais. Lá, as capivaras também estavam infectadas com carrapatos que tinham a bactéria que causa a febre maculosa.

Na época, os animais machos passaram por vasectomia e as fêmeas tiveram as trompas ligadas. Assim, a população de capivaras foi reduzida na cidade de 60 a 80 animais, para 6 a 8 que atualmente existem em Viçosa.

Quanto aos carrapatos, especialistas colocaram remédios nas capivaras para matar a praga e para retirar os carrapatos do ambiente, eles utilizaram cavalos. Desta forma, os carrapatos que ainda restavam no ambiente iam para os cavalos que depois eram tratados.

A percepção do MPMG sobre assunto é se a retirada abrupta das capivaras poderiam trazer danos maiores já que, sem os animais, os carrapatos poderiam buscar outros hospedeiros. Segundo a promotora de Meio Ambiente Lílian Marotta, a experiência de Viçosa é um caminho que pode dar certo. Quem vai formatar o plano de ação é o poder público.

O analista ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) Júnio Augusto, disse que a proposta será analisada pelo Ibama e que precisa ser consolidada em um documento.

E conforme o vice-prefeito Délio Malheiros, o contrato de captura das capivaras foi exitoso e que já foram capturadas mais de 40 capivaras. Como o contrato com a empresa que faz esse serviço está acabando, será necessário um novo contrato. “Nós estamos procurando agilizar esse contrato para a captura dos animais”, disse.