Esquenta

Carnaval dá show de estrutura

Blocos de rua mostram que festa deste ano chega mais madura; organização agrada foliões

Por Bernardo Miranda
Publicado em 20 de fevereiro de 2017 | 03:00
 
 
 
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Com sucessos do pagode dos anos 1990 no repertório, o bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro levou muita animação e nostalgia às ruas do Gutierrez, na região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desse domingo (19). Cerca de 10 mil foliões seguiram o grupo, provando que a capital não espera o feriado para celebrar. Já na Savassi, na região Centro-Sul, à tarde, o brega embalou os cerca de 800 foliões do Us Beethoven. Em comum nos dois blocos, a sensação de que o Carnaval da capital em 2017 conta com uma estrutura melhor que nos anos anteriores.

A família Rocha foi inteira curtir o bloco na Savassi, da mais nova, Giulia, de 8 anos, até a matriarca, Nair, de 80. A família passou os últimos três carnavais em Belo Horizonte e acredita que a festa está só melhorando. “Houve um avanço na estrutura dos blocos, tanto com relação ao som, como banheiros e segurança. A divulgação também está bem melhor”, avaliou a arquiteta Simone Rocha, 44.

O servidor público Lucas Vidal, 31, não vai passar o Carnaval em Belo Horizonte, mas comemorou a oportunidade de poder curtir a folia nos blocos de pré-carnaval. “Os blocos que saem antes do Carnaval estão cada vez melhores. Então está dando para curtir bastante a folia. Ou seja, dá para curtir a folia, mesmo sem estar aqui nos dias oficiais do Carnaval”, afirmou.

O administrador Leandro Uchoa, 33, usou uma fantasia de gênio da lâmpada para curtir a festa no Gutierrez. “Esse é o melhor bloco. Tem música nostálgica, pessoal bacana, gente bonita. Acho muito bom que o Carnaval esteja crescendo”.

Para a funcionária pública Thaísa Lins, 30, a festa no Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro tem um significado ainda mais especial. No ano passado, no desfile do bloco, ela conheceu o namorado. “Não perdemos mais. São músicas das antigas, todo mundo sabe cantar”, contou.

Crescimento. Matheus Brant, fundador do Meu Beija Que Eu Sou Pagodeiro, comemora a melhora da estrutura. “Este é o quarto ano desfilando na cidade e, desta vez, procuramos ruas mais amplas e planas para abrigar mais gente. Pela primeira vez também utilizamos um carro de som para sonorizar os instrumentos de sopro”.

 

Avaliação dos blocos

Banheiros. Ao longo da avenida Francisco Sá, principalmente na concentração do Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, na esquina com a rua Bernardino de Lima, e no ponto de dispersão, na praça Leonardo Gutierrez, havia dezenas de banheiros químicos. Não havia filas. O mesmo ocorreu na Savassi.

Segurança. Policiais militares e guardas municipais circulavam durante a passagem dos blocos, que não registraram confusão.

Ambulantes. Dezenas de vendedores marcaram presença nos desfiles.

Limpeza. A ausência de lixeiras foi um dos poucos problemas nos blocos. No Me Beija Que Eu Sou Paagodeiro, as lixeiras estavam cheias. Latas de cerveja, copos e cigarros acabaram sendo jogados no chão. No Us Beethoven, não havia lixeiras de reforço, para além das que já existem na praça da Savassi.
 

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