Depoimentos

Caso Backer: funcionários são ouvidos como testemunhas de defesa nesta segunda

Primeiro depoimento foi do então gerente operacional da marca, que afirmou que empresa sempre fazia audiências internas

Por Juliana Siqueira
Publicado em 20 de março de 2023 | 17:33
 
 
 
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No primeiro dia de audiências das testemunhas de defesa do caso Backer, a primeira pessoa a ser ouvida, por videoconferência, foi o então gerente operacional da marca. A segunda fase do processo iniciou nesta segunda-feira (20), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

Cerca de 60 pessoas serão ouvidas ao longo de 10 dias. Ao todo, dez vítimas morreram ao ingerirem a cerveja da marca, a Belorizontina, e mais de 20 teriam apresentado problemas de saúde. O caso começou a ser investigado em 2020. Os depoimentos das testemunhas de acusação foram colhidos em maio do ano passado.

No depoimento desta segunda-feira (20), o então gerente operacional da marca contou que eram feitas audiências diárias na empresa. Ainda conforme ele, dependendo da função que as pessoas exerciam no empreendimento, elas faziam degustações dos produtos fabricados no local.

Outra funcionária da cervejaria também foi ouvida, em um breve depoimento. Porém, o conteúdo não foi divulgado para a imprensa. Mais quatro testemunhas seriam ouvidas nesta segunda-feira, mas foram dispensadas pelos advogados. 

Esta é a segunda fase do processo sobre o caso Backer. Na terceira, será realizado o interrogatório dos réus, ainda sem data definida.

Relembre

O caso começou a ser investigado em 2020. Os depoimentos das testemunhas de acusação foram colhidos em maio do ano passado.

As apurações confirmaram que as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol atingiram litros de cerveja ainda em processo de fermentação. 

Segundo a investigação, vazamentos em equipamentos e o uso de substâncias tóxicas que não deveriam ser empregadas causaram a contaminação de diversos lotes de diferentes tipos de cerveja produzidos pela empresa.

A primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do caso Backer, em maio do ano passado, foi um engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cujo nome não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O profissional destacou os passos percorridos desde que ocorreu a contaminação da cerveja da marca. De acordo com a testemunha, assim que foi identificado que a cerveja era o elemento comum entre os casos de pessoas intoxicadas, o órgão compareceu ao supermercado para determinar o recolhimento das bebidas.

Já quando houve a primeira morte, destacou ele, foi determinada a suspensão da comercialização da cerveja. Os produtos, então, foram investigados para identificação das causas da contaminação.

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