As audiências do ‘caso Backer’ vão ser retomadas na próxima segunda-feira (20), com os depoimentos das testemunhas de defesa. Cerca de 60 pessoas serão ouvidas ao longo de 10 dias. Ao todo, dez vítimas morreram ao ingerirem a cerveja da marca, a Belorizontina, e mais de 20 teriam apresentado problemas de saúde. O caso começou a ser investigado em 2020. Os depoimentos das testemunhas de acusação foram colhidos em maio do ano passado.
As apurações envolvendo o caso confirmaram que as substâncias monoetilenoglicol e dietilenoglicol atingiram litros de cerveja ainda em processo de fermentação.
Segundo a investigação, vazamentos em equipamentos e o uso de substâncias tóxicas que não deveriam ser empregadas causaram a contaminação de diversos lotes de diferentes tipos de cerveja produzidos pela empresa.
A primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do caso Backer, em maio do ano passado, foi um engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cujo nome não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O profissional destacou os passos percorridos desde que ocorreu a contaminação da cerveja da marca. De acordo com a testemunha, assim que foi identificado que a cerveja era o elemento comum entre os casos de pessoas intoxicadas, o órgão compareceu ao supermercado para determinar o recolhimento das bebidas.
Já quando houve a primeira morte, destacou ele, foi determinada a suspensão da comercialização da cerveja. Os produtos, então, foram investigados para identificação das causas da contaminação.