Região Metropolitana de BH

Catequista se nega a namorar e é morta por pretendente em Vespasiano

Suspeito teria ligado para o próprio pai e contado que tinha matado a namorada; menina foi atingida por 21 facadas, nas costas e abdômen

Por Jhonny Cazetta/Fernanda Viegas
Publicado em 16 de junho de 2015 | 10:42
 
 
 
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Uma catequista de 16 anos foi morta pelo seu vizinho, um rapaz de 21 anos, que era apaixonada por ela e tentou namorá-la várias vezes. A menina teria se negado e foi assassinada por ele. O corpo de Thamires Luíza Gonçalves de Jesus foi encontrado na casa do suspeito na manhã desta terça-feira (16), em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, pelo pai dela.

Familiares da garota conversaram com a reportagem de O TEMPO e contaram que na última semana o jovem pediu a mão da menina em namoro para o pai dela, que não permitiu e disse que, além de não autorizar o relacionamento, não forçaria a filha a fazer algo que ela não queria. Nessa segunda-feira (15), ela desapareceu depois de sair da escola e a família ficou aflita, imaginando que o suspeito teria envolvido com o sumiço dela.

Nesta terça, o jovem teria ligado para o próprio pai e contado que tinha matado a garota. O pai dele avisou ao pai de Thamires Luíza e, quando chegou na rua Dezoito, no bairro Nova Pampulha, encontrou o corpo da filha. O suspeito mora no mesmo terreno que os pais dele, mas em um barracão separado.

A Polícia Militar (PM) informou que o suspeito está foragido. Conforme os familiares dele, o suspeito pegou uma moto com um dos parentes e afirmou que precisava fugir. Depois de não mais ser visto, ele deu notícias, contando do crime e garantindo que não mais voltaria. Ele teria dado 21 facadas nas costas e abdômen da garota. Ela completaria 17 anos na próxima quinta-feira (25).

Segundo o padre Carlos Alberto do Carmo, da paróquia Cristo Rei, que ela frequentava, Thamires Luíza era catequista há dois anos, muito ligada à igreja e estava concluindo o Ensino Médio. Segundo o religioso, ela era uma "menina estudiosa e meiga". O pai da vítima é ministro da eucaristia e a irmã mais velha também era catequista.

"A menina cresceu aqui (na igreja) e esse cara sempre quis namorar com ela. Ele não era da igreja e é usuário de drogas", afirmou o pároco.

Ela já estava sofrendo ameaça por parte do suspeito, mas não teria contado para a família. "As colegas dela falaram que ele estava ameaçando ela há mais tempo, mas ela não contou para ninguém", disse o padre que foi junto com o pai da menina à casa do suspeito.

"Ela não dava trabalho nenhum. Era uma menina calma, obediente, sempre viveu os sagramentos", concluiu.

Thamires Luíza não teria demonstrado nenhum comportamento diferenciado nos últimos dias, conforme o padre.

Atualizada às 13h11

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