Um áudio atribuído a uma supervisora da Escola Estadual Coronel Elpidio Alves Ferreira, na cidade de Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, da a dimensão de como foi o ataque feito por um adolescente de 17 anos na instituição de ensino na noite dessa quarta-feira (20 de março). "Uma cena de terror, trem de doido", diz.

A uma amiga, mulher disse que o aluno primeiro incendiou a última sala da escola. "Na minha sala de supervisão não tem lugar de correr. Aí eu 'tô' na supervisão, só vi o povo falando que tava pegando fogo, falei para correr, quando cheguei no pátio vejo menino com faca, dando nas costas dos alunos, ele não me enxergou na frente dele, voltei correndo, mandei os alunos fecharem a porta e ligar para a polícia", conta.

Segundo a mulher, quando ela saiu para o pátio, viu o espaço tomado de sangue e, também, a faca usada pelo adolescente. "O diretor segurou ele pelo pescoço, conseguiu tomar a faca e levou para a sala dele. Ele trancou a porta e ficou com o aluno até a hora que polícia chegou. O diretor levou ele para sala, trancou a porta e ficou com ele até na hora que a polícia chegou. Ele estava pepinando as costas dos meninos. Trem horroroso, trem de doido", conta às lágrimas.

Um aluno também mostrou, nas redes sociais, o uniforme sujo de sangue. O estudante alega que estava na porta tentando segurar o agressor, quando foi jogado no chão. "Minha sorte é que caí embaixo da mesa. Eu segurei o braço dele, a sorte é que pegou tudo na mesa, conseguiu me acertar no pescoço, mas foi de raspão", lembra.