Defasada

Cerca de 60 anos depois, estrutura de rodovia é a mesma

Ele destaca que a falta de planejamento e de reformas ao longo dos anos foram determinantes para o trecho de 100 km ser conhecido como Rodovia da Morte

Por Juliana Baeta / Aline Diniz
Publicado em 28 de maio de 2015 | 21:36
 
 
 
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A primeira e única grande intervenção na BR–381 desde a sua criação, na década de 1950, aconteceu ainda em 1970 e foi feita por empresas que se beneficiariam da estrada para o escoamento de suas produções. Projetada para receber 200 veículos leves por dia, a rodovia tem hoje fluxo diário de 20 mil automóveis, a maioria de carga – cem vezes maior.

“Apesar de ser uma estrada pública, essa intervenção foi feita pela iniciativa privada quando a indústria entrava em seu auge, aquele ‘boom’ no Vale do Aço. Com isso, a rodovia recebeu algumas melhorias na trafegabilidade e alargamento de faixas. Mas ainda nesta época não existia um projeto de engenharia, não tinha nada muito bem planejado, foi simplesmente feito seguindo a geografia da região, que é montanhosa”, explicou o superintendente da PRF em Minas, Guido Mayol.

Ele destaca que a falta de planejamento e de reformas ao longo dos anos foram determinantes para o trecho de 100 km ser conhecido como Rodovia da Morte. Entre Sabará e João Monlevade, são 200 curvas sinuosas.

“Isso significa que são duas curvas perigosas a cada quilômetro. Só em 2012 e 2013, quando saiu o edital de licitação da duplicação, é que a gente passa a ter projetos de engenharia na rodovia, de transformar curvas em retas para atender melhor a população”, considerou.

A rodovia BR–381 tem um aumento de 7% no fluxo de veículos a cada ano.

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