Outono gelado

Cidades de MG registram temperaturas negativas; confira previsão para a semana

Depois de quebra de recordes do ano, tendência é de elevação com massa de ar frio perdendo força

Por Léo Simonini
Publicado em 28 de maio de 2020 | 12:21
 
 
 
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Ainda restam mais de 20 dias de outono pela frente, antes da chegada do inverno, mas esta semana foi marcada por recordes de temperaturas baixas e até negativas em alguns pontos de Minas Gerais. A região mais afetada pelo frio foi o Sul de Minas, onde os municípios de Caldas e Maria da Fé marcaram -1ºC em seus termômetros nesta quinta-feira (28).

Em outras cidades, onde foram registradas geadas, como São Lourenço, Varginha e Caldas Novas, os termômetros não registraram temperaturas negativas, porém, na relva, esse número foi abaixo de zero.

"Tomamos como base a temperatura dos termômetros, por isso só nesses dois municípios registramos temperaturas abaixo de zero. Já em São Lourenço, por exemplo, onde houve geada, os termômetros marcaram 2ºC, mas a temperatura de relva ficou em -1,5ºC", explicou o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Cléber Souza.

Belo Horizonte também bateu seu recorde no ano, que havia sido estabelecido nessa quarta (27), na região da Pampulha, com 9,3ºC. Nesta quinta, ela baixou para 8,6ºC na mesma área.

Porém, a boa notícia para os que não curtem o frio é a de que a massa de ar frio e seco que atingiu o continente e vem passando por Minas Gerais está perdendo força, e a partir desta sexta não devemos ter mais recordes.

"Essas massas de ar polar se originam no polo e vem para o continente. Ela chegou na segunda-feira ((25) e a tendência é perder força ao longo dos próximos dias. Hoje (quinta) foi o máximo, cidades com recordes, mas amahã não deve haver mais. As temperaturas continuam baixas, pois trata-se de uma massa que é seca e fria, típica da estação, fazendo mais frio à noite, pois todo calor gerado durante o dia se dissipa pela falta de nuvens", continuou Souza.

O metorologista, no entanto, frisou que a tendência é de um inverno vigoroso em 2020, já que o outono tem se apresentado desta maneira.

"Com certeza (teremos temperaturas mais baixas) entre junho e julho. Se as massas de ar no outuno estão vindo fortes, com certeza no inverno pode vir outra intensa e gerar recordes de frio no Estado", completou.

Baixa umidade

Cléber Souza alertou ainda para a baixa umidade relativa do ar em diversos pontos de Minas Gerais nesta quinta-feira. Segundo ele, até 19h ela varia entre 20% e 30% sendo que a ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) gira em torno de pelo menos 50%.

As regiões atingidas são a do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Central, Jequitinhonha, Metropolitana de BH, Zona da Mata, Campo das Vertentes, Norte, Oeste, Sul, Sudoeste e Noroeste.

"Por isso é importante beber bastante líquido, evitar o desgaste físico nas horas mais secas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia", completou.

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