O médico-cirurgião plástico Hudson de Almeida, de 56 anos, preso nesta sexta-feira (21 de julho) em um apartamento de luxo em São Paulo teria abusado de, pelo menos, 11 mulheres, com idades entre 16 e 40. As informações foram disponibilizadas em coletiva de imprensa da Polícia Militar. Os crimes ocorreram na cidade de Alfenas, no Sul de Minas Gerais.
Conforme as investigações, o crime era praticado quando as mulheres iam à consulta e passavam por “procedimentos não autorizados” — abusos sexuais. “Durante as consultas, o médico possuía comportamentos que configuravam violência sexual”, explicou capitão Cristiano, da Polícia Militar.
O médico, que atuava em Alfenas, estava foragido há quatro meses, até ser encontrado em um apartamento de luxo em São Paulo nesta sexta-feira. A filha do suspeito foi quem abriu a porta para a polícia. O homem não resistiu a ordem de prisão.
"O esperado é que esse médico seja recambiado para Minas nos próximos dias, para cumprir sua pena”, explicou o capitão Cristiano.
O médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Em Alfenas, ele atendia em uma clínica particular de propriedade dele e na Santa Casa. Já teve passagens também pelo Hospital Alzira Velano, de onde se desligou.
O médico responde a dois inquéritos por abuso sexual. Em um deles, de 2021, três mulheres denunciaram à Justiça situações constrangedoras que tiveram com ele.
Em outro inquérito, referente ao ano de 2020, uma mulher de 33 anos também denunciou o médico por abuso sexual.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica afirmou que "está acompanhando o caso e se solidariza com as vítimas e seus familiares". Também afirmou que, "de acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina, Nº 2.217, artigo 2º, a competência para apreciar e julgar infrações é, única e exclusivamente, do Conselho Regional de Medicina que detenha a inscrição do médico, ao tempo da ocorrência do fato punível".
"A SBCP concentra-se na missão de incentivar o avanço na qualidade dos atendimentos oferecidos aos pacientes, por meio da promoção de altos padrões de treinamento, ética, exercício profissional e pesquisa científica em Cirurgia Plástica. Além da formação e educação continuada oferecida aos seus membros, a SBCP busca integração com a comunidade visando proporcionar educação pública no que se refere aos assuntos da especialidade", completa.
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