ARTE

Concertos para a Juventude da Filarmônica de MG propõe cenários naturais

Com tema Natureza, a proposta da orquestra para este ano é explorar os sons da fauna e da flora musical com clássicos em oito apresentações gratuitas

Por Raquel Penaforte
Publicado em 17 de março de 2024 | 12:26
 
 
 
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Um grupo de milhares de pessoas viajou neste domingo (17) para uma expedição cheia de aventuras.  Partindo de Belo Horizonte, da Sala Minas Gerais, da sede de Filarmônica, os viajantes passaram por desertos, navegaram por rios lamacentos e correntezas brasileiras até desembarcarem nas margens do Rio Danúbio. Com duração de aproximadamente 2 horas, a viagem conduzida pelo maestro associado da Filarmônica, José Soares, foi primeira da temporada 2024, do projeto Concertos para Juventude, que oferece espetáculos gratuitos oito vezes ao ano.

A estudante Elizabeth Maximiliano Campos, de 14 anos, foi uma das tripulantes a compor a viagem desta primeira edição de 2024. Sem saber o que a esperava, a adolescente revelou, ainda na fila, seu apreço por este tipo de arte.

"Eu acho muito bonito, gosto muito de música instrumental. Acho que eleva a alma", disse. A adolescente contou ainda que esta não era a primeira em uma apresentação na Filarmônica, e que ela, inclusive, já havia as aventurado no universo musical.

"Eu tocava teclado, porque gosto da harmonia entre os instrumentos", justifica.

Na Temporada 2024, os Concertos para a Juventude refletem como os elementos da natureza são interpretados pela linguagem musical. Em obras de diferentes épocas e origens, os 90 músicos regidos pelo maestro propoem não só a apresentação artística, como uma formação do público.

"Quem conhece a música Correnteza, de Tom Jobim?", questionou o maestro durante a apresentação. "Na parte 'e choveu uma semana', vocês sabem qual instrumento vamos usar para representar o barulho da chuva?", indagou ao público. E assim, entre uma música e outra, o maestro interage com os presentes apresentando os instrumentos e provocando o público a participar do espetáculo.

O repertório que definiu o roteiro da viagem contou com Estepes da Ásia Central, de Borodin, seguido de O Moldávia, de Smetana, Correnteza, de Tom Jobim, Águas de Março, também de Jobim, e O Danúbio Azul, de Strauss Jr.

De graça

A atriz e produtora cultural Naiara Rezende, de 33 anos, quase não conseguiu assistir ao espetáculo deste domingo. Os ingressos, que são distribuídos gratuitamente na quarta-feira que antecede a apresentação, se esgotam rapidamente, mas no dia é possível tentar a entrada com uma nova distribuição momentos antes do começo do espetáculo.

"Graças ao incentivo do meu amigo, antes, eu o puxei para arte e agora, ele está me trazendo de volta. Nossa primeira expectativa é conseguir entrar, porque não consegui pegar ingresso antes, e, na verdade, isso me deixa muito feliz, sinal de que muita gente está interessada em apreciar arte de qualidade", disse.

Além do público que assiste a apresentação da sala da Filarmônica, o espetáculo também é transmitido pelo YouTube. O próximo concerto será dia 28 de abril.

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