A busca por responsáveis pela morte de milhares de peixes na lagoa da Pampulha, no início de março (3), tem gerado desavenças entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Após o Executivo municipal multar a empresa em R$ 27 mil por um erro no tratamento de esgoto, que teria provocado a morte dos animais, a Copasa informou, nesta quarta-feira (20), que recorreu à notificação e que não tem culpa do ocorrido. A empresa ainda atribuiu uma “politização” do tema por parte da PBH.
De acordo com a Copasa, no ponto indicado pelo relatório da prefeitura por erro no tratamento de esgoto, “não foi identificado nenhum vazamento”. A companhia defende que nenhuma irregularidade ou problema significativo foram identificados no sistema de esgotamento sanitário da bacia hidrográfica da Pampulha. “Nada que pudesse estar relacionado à recente mortandade de peixes na lagoa”, afirmou.
A empresa culpa a PBH por “politizar” o problema na lagoa. “A Copasa lamenta que a Prefeitura de Belo Horizonte tenha decidido politizar um problema sério e de saúde pública, que exige esforços conjuntos”, disse. Segundo a companhia, a responsabilidade é do Executivo municipal em cobrar dos proprietários de imóveis da região a ligação ao sistema de esgotamento sanitário.
A Prefeitura de Belo Horizonte (BH) notificou a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pela morte de milhares de peixes na lagoa da Pampulha. Segundo o município, um erro no tratamento de esgoto teria provocado o problema, que vem assustando quem passa pelo local.
A notificação foi feita pela Secretaria de Política Urbana de BH, e o valor da multa ficou em R$ 27 mil, após parecer técnico dos especialistas. No documento, a PBH justifica que a notificação ocorre devido a emissão ou lançamento de "poluentes nos recursos ambientais, bem como provocar sua degradação; lançar poluentes na represa lagoa da Pampulha, causando danos à fauna".