Enfrentamento da Covid-19

Coronavírus em Minas: Estado estuda destino de leitos criados durante a pandemia

Segundo o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a oferta atual de leitos é muito superior às demandas dos municípios em épocas normais

Por Rafaela Mansur
Publicado em 21 de setembro de 2020 | 13:15
 
 
 
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O governo de Minas Gerais está estudando o destino dos leitos criados para o enfrentamento da epidemia de Covid-19. A ideia é que o investimento seja transformado em legado para o serviço público, mas, de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a oferta atual de leitos é muito superior às demandas dos municípios "em situações normais". Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (21), o titular da pasta ressaltou também que os pacientes que já se infectaram pelo coronavírus e se recuperaram devem manter os cuidados preventivos.

"Em relação à continuidade dos leitos que expandimos, efetivamente, desde o início, todo o plano de contingência que foi feito tinha o objetivo de termos uma estrutura na expansão que pudesse ser usada como legado para o futuro do Estado. O que temos hoje é uma expansão muito grande, muito forte, bem acima do que seriam as demandas que temos em situações normais", afirmou o secretário. Minas Gerais tinha, em fevereiro, 2.072 leitos de Unidade de Terapia Intensiva no Sistema Único de Saúde (SUS) e, hoje, possui mais de 3.900.

Segundo ele, equipes do governo já estudam os locais onde a manutenção dos leitos é necessária. "O Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, os secretários municipais de Saúde e o Ministério da Saúde, nós temos nos reunido e tentado buscar alguma forma de ação conjunta, principalmente no que tange ao financiamento desses leitos no futuro. Estamos estudando, mas, neste momento, ainda estamos focados na epidemia, porque ela efetivamente não passou", disse Amaral.

De acordo com o secretário, a tendência de queda no número de óbitos por Covid-19 e de estabilização da ocupação de leitos permanece no Estado, mas todos os cuidados preventivos devem ser mantidos, inclusive por pessoas que já se infectaram pelo coronavírus e se recuperaram.

"O que nós temos em relação aos curados é que as recomendações continuam as mesmas. Temos ainda muito pouca evidência científica de quando as pessoas que foram infectadas e tiveram a doença param de transmitir. Da mesma forma, já temos informações e diagnósticos de reinfecção em algumas pessoas. Isso reforça ainda mais a necessidade de se manter o isolamento e os cuidados de forma geral", pontuou Amaral.

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