Coronel Fabriciano anuncia volta às aulas presenciais para próxima segunda-feira

Enquanto as aulas presenciais da rede estadual em Minas permanecem proibidas por decisão da Justiça do Estado, alguns municípios pretendem iniciar o ano letivo ainda nos primeiros meses deste ano e com alunos em sala. Em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, as aulas presenciais serão obrigatórias, segundo o secretário de Governança Educacional, Carlos Serra Negra, e começarão na próxima segunda-feira (18), após quatro semanas de testes no final de 2020. 

“Os pais que ainda não quiserem levar os filhos não precisam, porque eles podem ter 25% de falta”, justifica o secretário. A decisão municipal colocará 9.000 estudantes nas 19 escolas municipais da cidade, fora os alunos de escolas particulares, que também estão autorizadas a funcionar.

O Vale do Aço está na Onda Vermelha do programa Minas Consciente, e na atual fase apenas serviços essenciais podem funcionar. Porém Coronel Fabriciano justifica que não aderiu ao projeto estadual. A cidade de 110 mil habitantes soma 197 casos de Covid-19 confirmados e dez mortes, segundo a prefeitura.  

Entre o final de novembro e meados de dezembro, o município já havia permitido as aulas presenciais em cinco escolas, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, em caráter experimental, e Serra Negra afirma que nenhum aluno ou professor contraiu Covid-19 durante o período.

Desta vez, as aulas abrangem o ensino infantil para crianças acima dos 4 anos e todo o ensino fundamental. Os alunos comparecerão à escola em esquema de rodízio: segunda, quarta e sexta, um grupo tem aulas, e terça e quinta é a vez do outro. Eles se revezarão semanalmente.

Outras cidades

Nesta semana,  Pouso Alegre, no Sul de Minas, também havia anunciado o retorno das aulas presenciais no ensino municipal e privado em fevereiro, ainda sem data certa e sem apresentar protocolos de segurança consolidados, que ainda serão tornados públicos, segundo a prefeitura. As 34 escolas municipais da cidade têm 14.326 alunos matriculados e o retorno será facultativo. 

Já Varginha, também na região Sul de Minas, decidiu, nesta semana, adiar a volta às aulas. Ele estava inicialmente previsto para o dia 1º de fevereiro, porém passou para 2 de março após a prorrogação do decreto de estado de calamidade pública pela prefeitura. As duas cidadestambém  estão enquadradas na Onda Vermelha do Minas Consciente, ao qual não fizeram adesão. 

A Secretaria de Estado de Educação não contabiliza municípios que permitiram volta às aulas, já que eles têm autonomia na decisão.