Aguardada com muita expectativa pela maior parte da população, a vacina contra a Covid-19 chegou à rede pública em janeiro de 2021, foi aplicada e ajudou a derrubar os índices da pandemia. Agora, o imunizante também está disponível para compra em farmácias de Belo Horizonte. Para especialistas, a medida é boa, desde que executada corretamente.
“Quanto mais pontos de distribuição de vacina existirem, melhor será. Isso melhora a cobertura”, explicou o infectologista Carlos Starling. O presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVac), Geraldo Barbosa, vê vantagem na aquisição da vacina por pessoas com comorbidades.
“Se o médico prescrever, o cliente pode antecipar (em relação ao cronograma oficial). Não é justo que ele (o paciente) esteja em risco enquanto espera chegar a faixa etária dele – no Sistema Único de Saúde (SUS) – para ser vacinado”, disse.
A vacinação, no entanto, deve ser feita com responsabilidade. “O grande risco é as pessoas tomarem as vacinas inadvertidamente. É preciso ter recomendação para que o cliente receba as doses certas, na quantidade certa: nem a mais, nem a menos”, orientou o infectologista Estevão Urbano.
Carlos Starling lembrou que os estabelecimentos são obrigados a notificar ao SUS qualquer aplicação de vacina, o que garante segurança ao processo: “Toda vacina tem um lastro de onde saiu, para onde foi”.
O subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde da PBH, Fabiano Pimenta, explica que a prefeitura realiza fiscalizações em farmácias e clínicas que estão comercializando vacinas na capital.
“Até o momento, não detectamos nenhuma diferença ou inconformidade na aplicação das vacinas em relação ao que é preconizado pelo Ministério da Saúde”, declarou.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais lembra que, “em síntese, qualquer vacina devidamente regularizada perante a Anvisa” pode ser vendida legalmente na rede particular.
Antes de a vacina contra a Covid estar disponível, algumas pessoas tentaram adquirir o imunizante ilegalmente. Em Minas Gerais, segue na Justiça o caso de uma falsa enfermeira que teria liderado esquema de aplicação de vacinas falsificadas.
Segundo investigação, R$ 700 mil teriam sido movimentados no esquema. Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais pela irregularidade.
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