Na Justiça

Defesa de Bruno quer reduzir pensão paga ao filho do goleiro

'Para uma pessoa que acaba de sair do sistema carcerário e não tem emprego, é impossível pagar R$ 22 mil', afirmou Luan Veloso Coutinho, um dos defensores do goleiro

Por Rafaela Mansur
Publicado em 04 de março de 2017 | 14:24
 
 
 
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A defesa do goleiro Bruno Fernandes, 32, quer pedir na Justiça a redução da pensão alimentícia paga a Bruninho, filho já reconhecido pelo jogador com a ex-namorada Eliza Samudio. O valor estipulado é de R$ 22 mil mensais.

"Para uma pessoa que acaba de sair do sistema carcerário e não tem emprego, é impossível pagar R$ 22 mil. Então, estamos levantando a possibilidade de pedir a redução dessa pensão", afirmou o advogado do goleiro, Luan Veloso Coutinho. Nesta semana, a defesa do jogador já havia declarado que pedirá um novo exame de DNA de Bruninho.

Segundo ele, quando Bruno foi preso, em julho de 2010, os bens do jogador foram tomados e pagaram, antecipadamente, a pensão de Bruninho – a paternidade de Bruno foi reconhecida pela Justiça em julho de 2012. "Eles (a defesa da família de Eliza Samudio) falam que não foi pago, mas lógico que foi. Essa pensão sempre foi paga e não há nenhuma parcela em atraso. Os bens dele pagaram antecipadamente muitas parcelas, como o sítio e o dinheiro proveniente do bloqueio da conta bancária", disse Coutinho, sem informar valores.

De acordo com o advogado, Bruno não tem bens hoje. "Ele ficou sete anos preso e saiu sem nada. Quem tem patrimônio é a esposa dele", declarou, referindo-se à mulher do jogador, a dentista Ingrid Calheiros.

O defensor declarou que Bruno ainda não definiu em que time vai jogar. Conforme O TEMPO mostrou na última quinta-feira, nove clubes estariam interessados em assinar contrato com o goleiro – três do Rio, três de Minas, dois de São Paulo e um de Brasília. "Ele está analisando as propostas que apareceram", afirmou Coutinho.

Bruno foi condenado por sequestro, homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver de Eliza Samudio. Ele estava preso desde 7 de julho de 2010, quando ainda era investigado, e foi condenado a 22 anos e três meses de prisão em março de 2013. No último dia 24, foi solto por uma decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu o habeas corpus a ele.

A reportagem tentou, mas não conseguiu contato com a advogada da família de Eliza Samudio neste sábado (4).

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