O delegado Felipe Fonseca Perez, responsável por apurar as circunstâncias da morte do adolescente Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, vai pedir à Justiça mais prazo para investigar o caso. A solicitação, de acordo com a assessoria da Polícia Civil, será feita na tarde desta terça-feira (7).
Gabriel Oliveira Maciel desapareceu no dia 7 de março, depois de participar de uma calourada em Viçosa, na Zona da Mata. Ele foi encontrado morto dois dias depois com um ferimento na parte de trás da cabeça, em uma vala, num terreno pertencente à Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil aponta que o envolvimento do adolescente em uma discussão entre terceiros no fim da festa pode estar relacionado à morte dele. Em entrevista concedida à reportagem de O TEMPO logo que o inquérito foi instaurado, o delegado Felipe Fonseca Peres afirmou que os motivos do crime ainda eram obscuros, mas que a principal linha de investigação aponta que o adolescente não foi autor direto da briga.
A abertura do inquérito completará 30 dias nesta quinta-feira, 9 de abril. De acordo com Perez, os laudos de necropsia e local já foram recebidos e anexados ao inquérito. O delegado, no entanto, preferiu não divulgar o conteúdo dos documentos para não atrapalhar as investigações.
O caso
Gabriel, que era morador de Ponte Nova,na Zona da Mata, saiu de casa no dia 6 de março para ir a uma calourada organizada pela república Qkické, em um sítio de Viçosa. Na manhã seguinte, a mãe dele percebeu que o jovem não havia voltado para casa e ligou para amigos em busca de informações sobre o adolescente.
Após buscas, o corpo foi encontrado em uma área de vegetação dentro do campus da UFV. Gabriel foi enterrado na terça-feira, 10 de março, no Cemitério de Raul Soares, também na Zona da Mata.