A Polícia Civil de Minas Gerais, que investiga o desabamento do prédio de cinco andares que resultou na morte de uma idosa de 73 anos, na última quarta-feira (21), no bairro Planalto, região da Pampulha, está trabalhando na elaboração de um laudo pericial que vai apontar o que poderia ter causado a queda da estrutura. O prazo para que esse laudo seja concluído é de 30 dias, que podem ser ampliados por mais 30 dias, caso haja a necessidade.
Desde que o prédio desabou, uma equipe de policiais da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova e da Perícia Oficial já foram ao local para coletar elementos e vestígios que irão subsidiar a investigação. Nos próximos dias, segundo a Polícia Civil, está prevista a oitiva das testemunhas.
O desabamento ocorreu por volta das 4h50, conforme o Corpo de Bombeiros. As causas do acidente ainda são investigadas. Segundo o Corpo de Bombeiros, a construção era recente e, por isso, apenas duas famílias viviam no local, apesar de apenas um grupo familiar estar no prédio na hora em que ele caiu.
A obra, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), tinha pelo menos três irregularidades. "O Crea-MG informa que a obra já havia sido fiscalizada e autuada por irregularidades, em outubro de 2021. O responsável técnico pelo andamento da construção foi autuado pela falta de identificação em relação ao serviço em execução, uma vez que a placa de obra que constava na edificação não atendia à legislação, pois indicava outro profissional responsável técnico e uma empresa que não está registrada no Crea-MG, a Empreiteira Brasil Construções Ltda", diz o comunicado.
Lourdes Pereira Leite, de 73 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu soterrada pelos escombros. O marido de Lourdes, Francisco Vieira Leite, de 75 anos, foi socorrido com vida. A Filha mais velha do casal, Alessandra Franciane Leite, tem 45 anos e foi socorrida consciente sobre os escombros. A filha mais nova de Lourdes e Francisco, Françoise Pereira Leite, de 40 anos, tem síndrome de down e também foi socorrida consciente.