Zema quer mineração sem grandes riscos

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta segunda-feira (18) que é preciso encontrar uma solução que concilie segurança e a viabilização da atividade mineradora no Estado. Para ele, caso a situação continue da forma como está, Minas terá uma desestruturação total no setor. “Não é fácil lidar com um problema desses porque não podemos expor ninguém a riscos, mas também não podemos parar uma atividade tão relevante para o Estado”, afirmou.

De acordo com Zema, as mineradoras e o Estado enfrentam dificuldades para encontrar profissionais para fiscalizar as barragens em Minas Gerais. Ele disse que, depois do rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, ninguém quer assumir responsabilidade.

“O que nós estamos observando é que, depois dessa tragédia de Brumadinho, nenhum técnico e nenhuma auditoria verifica mais barragem alguma”, afirmou.

Zema contou que vai a Brasília nesta quarta-feira para discutir a questão com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “Vamos tentar organizar uma força conjunta para rever esse problema porque chegamos a um ponto em que ninguém quer ficar com a batata quente na mão”, disparou o governador.

Estudos

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte para estudar os impactos ambientais e sociais do rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último dia 25 de fevereiro.

O despacho foi assinado na última segunda-feira (11) pela presidente Nely Aquino (PRTB). Vinte e três vereadores assinaram o requerimento da CPI.

Os possíveis impactos e danos aos belo-horizontinos provenientes das barragens de rejeitos situadas na região metropolitana também serão analisados pela comissão.