Os resíduos sólidos da Ceasa não serão mais enviados para o aterro de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Entretanto, somente os alimentos perdidos poderão ser encaminhados para o aterro da cidade. A medida foi anunciada, nesta segunda-feira (22), pela prefeita de Contagem Marília Campos após uma reunião com representantes da Associação Comercial da Ceasa Minas (ACCeasa), na sede do Executivo Municipal.
A iniciativa tem o intuito de auxiliar os empresários que gastariam muito com o envio desses resíduos, considerados mínimos, para um aterro em outra cidade. Emergencialmente os resíduos da Ceasa Contagem estão sendo enviados para o aterro de Santa Luzia, também na região metropolitana de capital. Em breve, uma nova licitação será realizada para que os resíduos tenham destino fixo e certo. Além disso, um estudo também será realizado para que a Ceasa Contagem construa uma usina própria de compostagem.
No mês passado, venceu o prazo limite dado pela Prefeitura de Contagem para a Ceasa. No documento o executivo esclarece o motivo que o aterro da cidade não pode mais receber os resíduos das centrais de abastecimento - por falta de espaço. Já que, atualmente, as mais de 550 lojas da Ceasa geram cerca de 40 toneladas de resíduos por dia.
Por conta disso, comerciantes da Ceasa denunciaram que os resíduos sólidos estavam sem recolhimento regular há algumas semanas no espaço. Em razão disso, havia lixo entulhado e espalhado por diferentes pontos do espaço.
"De forma emergencial o aterro sanitário de Santa Luzia está sendo usado pela Ceasa. Eventualmente o nosso aterro poderá ser usado pela Ceasa. Entretanto, as 40 toneladas de materiais diários gerados pelo local inviabiliza a usabilidade do aterro que deve ser destinado para o descarte de lixo e resíduos de toda a cidade de Contagem e não só para a Ceasa", destacou Marília Campos.
Sustentabilidade
O Presidente da Associação Comercial da Ceasa (ACCeasa) Nóe Xavier da Silva esclarece que uma empresa foi contratada para realizar, em 120 dias, um novo plano de descarte para o espaço. O estudo tem o intuito de apontar a devida destinação dos resíduos. Em seguida, será avaliada a construção de uma usina de compostagem na Ceasa, para que o mínimo de resíduos sejam enviados para aterros.
Além disso, o espaço já começou a fazer o descarte seletivo, como a separação de papéis e o envio legumes, verduras e frutas para os animais do zoológico da capital e bancos de alimentos.
"Nós seremos a primeira Ceasa a ter uma usina de compostagem. Desse modo, vamos resolver o problema que foi colocado pela prefeitura e também de nos colocarmos como pioneiros no novo modelo de trato e destinação dos resíduos que buscamos", destacou Nóe.