Um início de motim ocorreu na madrugada desta quarta-feira (18) no presídio Floramar, em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado. Segundo as informações iniciais, os detentos colocaram fogo em colchões, além de depredarem os portões das celas.
Divinópolis é uma das cidades entre Belo Horizonte e Formiga que criminosos ameaçaram incendiar após atearem fogo em um ônibus na cidade de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. "Começamos por BH e vamos queimando de cidade em cidade até chegar em Formiga. E, quando chegarmos lá, vamos acabar com a cidade". Não há, no momento, confirmação de ligação entre os dois casos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a equipe foi acionada às 01h18. Quando chegaram no local, a situação já estava controlada e sem vítimas. A Polícia Militar informou que não foi acionada. A situação foi contornada pela Polícia Penal.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), informou que policiais penais "controlaram uma subversão da ordem na madrugada desta quarta-feira" e que "a unidade prisional segue com o seu procedimento padrão de rotina".
Segundo a secretaria, os presos de um dos pavilhões iniciaram o movimento de subversão chutando as portas das celas e em seguida atearem fogo em colchões e demais materiais. O Grupamento de Intervenção Rápida (GIR) da Polícia Penal foi acionado e encontrou resistência por parte dos detentos. Colchões foram colocados nas entradas das celas para impedir o trabalho de contenção dos policiais penais. A pasta informou que foram utilizados "munição de gás menos letal e gás de pimenta para contê-los."
Danos ao patrimônio serão avaliados. Uma conferência estrutural e uma operação de “pente-fino” nas celas também foram realizadas Os policiais penais registraram a ocorrência e os detentos envolvidos serão submetidos à Comissão Disciplinar da unidade, que decidirá sobre as possíveis sanções administrativas. A direção da unidade prisional instaurou um procedimento administrativo para apurar o ocorrido. A diretoria regional de Polícia Penal e a direção geral do Depen-MG acompanham os desdobramentos da ocorrência.