As três pessoas que foram detidas suspeitas de envolvimento no sequestro da família do gerente de um banco em Matozinhos, na região metropolitana, foram liberados neste sábado (20).

De acordo com a Polícia Civil eles foram ouvidos e liberados, porque não houve indícios do envolvimento deles com o crime. 

Quando os suspeitos foram levados a delegacia, a Polícia Militar não sabia se eles tinham participado ativamente do sequestro.

A suspeita era de que dois deles teriam atuado no levantamento de dados sobre as vítimas e também no planejamento do crime. O outro poderia ser o motorista que levou as vítimas para o cativeiro. 

O crime 

O sequestro mobilizou dezenas de policiais civis, militares e do Bope na manhã da última segunda-feira (19). Um cerco foi montado em frente à agência, o que assustou comerciantes e atraiu a atenção de curiosos.

Proprietários de lojas foram orientados a fechar as portas e viveram momentos de tensão com a presença de policiais fortemente armados na avenida Caio Martins, uma das principais vias da cidade.

Segundo a Polícia Civil, o crime começou na tarde da quinta-feira (18), quando o gerente da agência encerrava o expediente de trabalho. Ele foi abordado  por dois homens armados. Eles o obrigaram a seguir até a casa dele, onde estavam a mulher e dois filhos, de 6 e 12 anos, que foram levados para um cativeiro.

Durante a manhã, a empregada doméstica da família também foi sequestrada. A ideia dos criminosos era que levar o gerente até o banco durante a manhã e fazê-lo retirar todo o dinheiro do cofre.Os bandidos não contavam, no entanto, com a chegada dos policiais. 

Segundo o delegado Ramon Sandoli, da Delegacia Anti-sequestro da Polícia Civil, a informação sobre o crime chegou por meio de denúncia. Logo que o gerente chegou ao banco, por volta de 9h, o local foi cercado, mas nenhum suspeito foi identificado próximo à agência.

A empregada doméstica foi libertada por volta de 11h, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital. Já a família da vítima foi liberada ao meio dia, na Praça São Vicente, no bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte.

As vítimas prestaram depoimento durante toda a tarde de ontem na Delegacia da Polícia Civil de Matozinhos. Ninguém ficou ferido na ação. 

A polícia trabalha com a possibilidade de ao menos quatro envolvidos no crime e procura a localização do cativeiro.