Dupla é detida sob suspeita de envolvimento em queima de ônibus em Ibirité

Dois homens foram presos nesta quarta-feira (18) sob a suspeita de envolvimento na queima de um ônibus na cidade de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. Desde a ação criminosa, registrada na terça-feira (17) e que reivindicava melhorias para presos do Estado, a Polícia Militar (PM) intensificou o patrulhamento na região e, em uma das ações, um dos suspeitos foi localizado com galões de gasolina vazios no porta-malas do veículo. Ele alega ser motorista de aplicativo e, por isso, estaria com os objetos. 

De acordo com o sargento Vinicius Giovani, do 48° Batalhão de Polícia Militar, a abordagem aconteceu durante esta madrugada no bairro Parque Elizabeth. "Ao realizarmos buscas no veículo, encontramos dois galões vazios. O motorista afirmou ser dele e que ele mantinha os objetos no carro por ele ser motorista de aplicativo. Entretanto, no banco de trás, localizamos um revólver calibre 38. O motorista do carro disse que não sabia da arma e o passageiro afirmou que a mesma era dele", descreve.

Ainda segundo o sargento, durante a abordagem, o homem que estava armado disse que, na casa dele, no bairro Cabana Pai Tomás, na região Oeste de Belo Horizonte, ele teria outras armas e tentou subordinar os militares em troca de liberdade.

"Fomos até o endereço e apreendemos mais duas armas de fogo, sendo uma submetralhadora artesanal e outro revólver, além de munição e drogas", completa. 

Ao todo, a guarnição apreendeu 50 pinos de cocaína, 30 buchas de maconha, 23 frascos de lança-perfume, três cartuchos calibre 38, cinco de calibre 32 e um de calibre 380. Os dois presos foram encaminhados a primeira delegacia de Polícia Civil de Ibirité, onde serão feitas investigações.

Motorista não tinha passagem, diz delegado

O delegado responsável pelo caso, Giovanni Armomino da Silva, disse que o passageiro localizado com as armas e drogas já tinha passagem por tráfico. Ele seria autuado por posse ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e corrupção ativa (por tentativa de barganha com a PM).

Já o motorista que estava com os galões, ainda conforme o delegado, não teria passagens por crimes. Entretanto, de acordo com a PM, o homem já teria um registro por estelionato. 

Na delegacia, um dos suspeitos disse que carregava a arma por questão de segurança, já que, segundo ele, estaria sendo ameaçado por concorrentes do tráfico de drogas da região do Cabana Pai Tomás. 

Os dois, que negam envolvimento com a queima do coletivo, serão levados ao presídio de Ibirité até a conclusão do inquérito.