FOLIA NA JUSTIÇA

Escola de samba e Belotur divergem sobre editais para o carnaval

Imperatriz de Venda Nova protocolou mandado de segurança pedindo a suspensão dos editais; LIEMG vai reunir com representantes das escolas

Por Rayllan Oliveira
Publicado em 21 de julho de 2022 | 16:50
 
 
 
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Um impasse na Justiça entre uma escola de samba e a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) pode adiar o carnaval de Belo Horizonte, previsto para março de 2023. É o que afirma o presidente da Imperatriz de Venda Nova, Enderson Fernandes Romeir. A escola protocolou um mandado de segurança pedindo a suspensão dos editais que concendem auxílio aos trabalhadores do Carnaval. A Belotur nega a possibilidade de adiamento.

De acordo com o presidente da Imperatriz de Venda Nova, Enderson Fernandes Romeiro, o documento foi formalizado na tarde desta quinta-feira (21). A judicialização, de acordo com o presidente da agremiação, se dá devido à falta de autenticação em um documento cedido no site da prefeitura.

"Pedimos que eles (Belotur) publicassem novamente o edital, mas disseram que não havia tempo hábil", disse. Romeiro classificou a decisão como imparcial e questionou que o documento havia sido publicado novamente para os representantes dos blocos caricatos. O presidente teme que a necessidade de recorrer a Justiça prejudique o andamameto dos trabalhos das demais agremiações e possa atrasar a festa.

Os editais haviam sido lançados pela Belotur em maio deste ano. A  expectativa, no anúncio, é de investimento de R$ 3,7 milhões para toda a cadeia produtiva da folia. Os recursos são destinados as Escolas de Samba, aos Blocos Caricatos e aos Blocos de Rua da cidade. O objetivo dos editais, segundo a Belotur, é de auxiliar os grupos carnavalescos, que foram impactados pela pandemia da Covid-19.

Na quarta-feira (20), o representante da Imperatriz de Venda Nova  esteve no gabinete do prefeito Fuad Noman (PSD) e na sede da Belotur. No encontro, foi protocolado um documento pedindo transparência no processo e justificou aos representantes municipais que outras escolas também enfrentam o mesmo problema. "A gente pede para que Belotur entenda esse documento", disse. 

 A Belotur informou que ainda não foi notificada judicialmente. Em nota, afirmou que segue o mesmo procedimento desde 2019. "Importante salientar que a situação das Escolas de Samba se distingue da dos Blocos Caricatos pois, dentre as escolas inabilitadas, apenas uma foi indeferida por falta do documento citado. As demais inabilitadas, ou não atingiram a pontuação mínima do edital, ou estavam com  pendência junto à Belotur, relativa à prestação de contas", disse. Já a Liga das Escolas de Samba de Minas Gerais (LIEMG) informou que terá uma reunião sobre o assunto na próxima semana e que irá se posicionar posteriormente.

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