Pouso de emergência

Especialista elogia ‘perícia’ de piloto para não cair em cima de casas em BH

Helicóptero da PRF realizou pouso de emergência na avenida Tereza Cristina, após problema na decolagem do Anel Rodoviário


Publicado em 08 de janeiro de 2024 | 22:07
 
 
 
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O pouso de emergência de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na avenida Tereza Cristina, bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira (8 de janeiro), repercutiu nacionalmente.

Um dos especialistas em aviação mais famosos do Brasil, Lito Souza, dono do canal Aviões e Músicas, gravou um vídeo elogiando a “perícia” do piloto para evitar que a aeronave caísse em cima das casas que ficam entre o Anel Rodoviário e a avenida Tereza Cristina.

“Logo depois da decolagem, a aeronave não ganha muita altura. Inclusive arranca [com o vento] telhas de algumas casas. Logo em seguida, o piloto, rapidamente — e com muita perícia, viu — realizou um pouso na rua logo em frente [a avenida Tereza Cristina] para evitar cair nas casas que estavam logo embaixo”, analisou.

O especialista acrescentou, ainda, que a tomada de decisão foi “extremamente rápida”, especialmente se considerada a “baixa altitude”.

Pouso de emergência

O helicóptero foi acionado para resgatar uma das vítimas de um grave acidente entre cinco caminhões no Anel Rodoviário. Ao levantar voo, a aeronave sofreu queda de rotação, e o piloto precisou realizar o pouso de emergência na avenida Tereza Cristina.

Nenhum dos ocupantes se feriu na manobra. Em seguida, a pessoa ferida foi levada de ambulância para o hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) trabalha na investigação sobre o que ocorreu para perda da rotação do helicóptero.

Moradores relatam susto e contam prejuízos 

“Ouvi gritos, me machucou. Só pensei em proteger o meu filho”. As palavras são da auxiliar de serviços gerais Elisa Brenda, de 24 anos, após o pouso forçado da aeronave. A mulher relata os momentos de medo pelos quais a vizinhança passou.

“Eles levantaram voo, mas não terminaram de subir em uma ‘altura boa’. Assim que saíram, levantaram as telhas todas, derrubando. Caiu (telhas) lá em casa, me machucou, quase machucou meu filho”, conta a mulher.

Conforme Brenda, vizinhos dela também tiveram casas destelhadas, ‘fios voaram’, canos se soltaram.  “Na hora que começou, eu só via telha caindo e, de repente, pensei em proteger meu filho”, diz ela.

Também às margens do Anel Rodoviário, no bairro Madre Gertrudes, região Oeste de BH, a residência da cabeleireira Amanda Rezende Pires, de 23 anos, foi outra a ficar sem telhas. A mulher estava fora de casa no momento do acidente e descobriu que o lar havia perdido as telhas por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais. "Na hora eu reconheci minha casa", conta.

Além de parte do telhado, a casa perdeu também a caixa d'água, e Amanda não tem noção do prejuízo. E ainda precisa lidar com outra preocupação: os buracos no telhado em pleno período de chuva. "A gente ainda não sabe o que a gente vai fazer. Vamos tentar tapar o máximo que der e ver quando a gente consegue dinheiro para tapar do jeito que estava", lamenta.

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