Especialistas em segurança pública questionam a necessidade da guarda armada e ressaltam a confusão que ainda persiste para alguns quanto à função desse profissional.
Conforme o professor de direitos humanos e constitucional da PUC Minas e da UFMG, José Luiz Quadros de Magalhães, a guarda é exclusivamente patrimonial não tendo a obrigatoriedade da proteção pessoal.
"Não discuto o treinamento para o manejo da arma, mas o problema da segurança pública no país não será resolvido colocando mais pessoas armadas nas ruas. Temos que investir em inteligência policial e diminuição da desigualdade social", ponderou.
O pesquisador e especialista em segurança pública pela UFMG Robson Sávio Reis Souza admite uma exceção para o uso da arma. Segundo ele, é compreensível apenas os casos em que a integridade física do profissional estiver ameaçada.
"A guarda municipal libera os militares da vigilância do patrimônio público para o patrulhamento ostensivo. A PM precisa da arma para intervir, mas a guarda não tem o mesmo papel", destacou Sávio.
Outra medida importante que ele ponderou é que se a decisão for aprovada, é necessário criar mecanismos de controle externo para não haver abusos.